Reforço institucional para as atividades relacionadas à gestão ambiental da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF): equipe da Coordenadoria de Apoio à Sustentabilidade, Qualidade e Gestão Ambiental (CSA) reuniu-se, no dia 03 de fevereiro último, com lideranças responsáveis por gerenciar atividades no âmbito de laboratórios, campos experimentais e na área administrativa da Unidade. Na ocasião, foram apresentadas as linhas de atuação da CSA, juntamente com as propostas e os desafios a serem enfrentados, respeitando-se as diferenças conjunturais entre as Unidades da Embrapa.

Inserida a partir de 2014 na estrutura do Departamento de Patrimônio e Suprimentos da Embrapa (DPS), a CSA foi idealizada para atender, de forma corporativa, as demandas das Unidades Descentralizadas (UDs) referentes às questões da sustentabilidade – dentro dos aspectos econômico, ambiental e social -  e da gestão ambiental. "Pela primeira vez na empresa, há um setor específico para tratar do tema, e com foco definido, ao invés de um projeto ou um simples comitê", destaca o coordenador Gustavo Simão, para quem o fato de "não ter começo, meio e fim, garante à coordenadoria uma estrutura permanente para desenvolver os trabalhos".

Para a supervisora da área de gestão ambiental da CSA Andréia Andrigueto, com a criação da coordenadoria as UDs passaram a contar com um fórum apropriado para discutir as ações concernentes à gestão ambiental, cujas normas vão ser construídas conjuntamente. "Estamos trabalhando para estabelecer algumas normas institucionais, a partir de constatações aferidas durante os nossos contatos com as Unidades", destaca Andréia. Nesse aspecto, ela anota que embora haja padronização em alguns pontos, cada Unidade vai definir "o que mais se adequa às suas especificidades".

Gestão ambiental no SCE

No tocante à Embrapa Hortaliças, na avaliação do responsável pela gestão ambiental nos campos experimentais Virgílio Braz, a Unidade só tem a ganhar na interlocução com a CSA. "Pelo que foi apresentado, vamos contar com um espaço institucional estruturado, e com essa perspectiva as ações que são empreendidas na área ambiental poderão ser ampliadas, compartilhadas com outras Unidades, e os gargalos discutidos em conjunto".

Com relação ao caminho percorrido até então, o saldo das ações é considerado positivo, já que aspectos legais há muitos anos sem definição chegaram a bom termo, a exemplo das outorgas. Previstas pela legislação, elas foram concedidas pela agência reguladora (ADASA), após a definição das fontes de captação de água, um problema antigo que foi enfrentado pela atual chefia da Unidade.

A questão dos produtos utilizados nos experimentos de pesquisa, muitos dos quais eram descartados por estar vencidos, foi destacada por Virgílio, para quem a solução ficou por conta dos armários compartilhados: "Antes, cada pesquisador requisitava o material que precisava e guardava, o que propiciava a subutilização. Quando reunimos tudo num mesmo lugar e criamos uma planilha de acompanhamento do que era utilizado, reduzimos significativamente esse tipo de desperdício".

Outro bom exemplo diz respeito ao plantio de 350 mudas de árvores para recompor e ampliar áreas consideradas de preservação - foram plantadas espécies nativas do cerrado, como ipês, cagaitas e aroeiras, entre outras. "Já há algum tempo vínhamos plantando mudas de árvores nesse local e, com a vegetação que será formada, a perspectiva é de que tenhamos, daqui a algum tempo, um grande espaço de sequestro de carbono", anota Virgílio, que assinala a contribuição da Novacap, da Embrapa Cerrados e da Escola Agrícola de Goiás na doação das mudas.