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Embrapa promove debate sobre o papel da ciência na taxonomia sustentável brasileira

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Foto: Governo federal

Governo federal -

Evento virtual acontece no dia 30 de janeiro, de 10 às 11h30, no canal da Empresa no YouTube

A Embrapa promove no dia 30 de janeiro, de 10 às 11h30, em seu canal no YouTube, um debate virtual sobre taxonomia sustentável. Esse termo, mais utilizado nas ciências agrárias e biológicas, se refere a um sistema de classificação, que também pode ser adaptado ao contexto de finanças sustentáveis. O objetivo é estabelecer critérios e definições para facilitar a alocação de recursos financeiros em iniciativas que promovam a proteção do meio ambiente e reduzam as emissões de gases de efeito estufa, com impactos sociais positivos. É mais uma iniciativa da Empresa em prol da orientação e fortalecimento de políticas públicas no Brasil.

Segundo a pesquisadora da Assessoria de Estratégia da Embrapa Danielle Torres, a expectativa é que o evento estimule o compartilhamento de informações para as redes de pesquisa da Embrapa e instituições parceiras nessa temática. “As discussões e sugestões oriundas do debate poderão contribuir para o aprimoramento do processo de construção da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), iniciativa do governo federal voltada à identificação de atividades, produtos e investimentos relacionados à sustentabilidade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura brasileiras”, explica.

A TSB faz parte do eixo de finanças sustentáveis, uma das linhas de ação do Plano de Transformação Ecológica, do Ministério da Fazenda (MFAZ), e visa apoiar o Brasil no alcance de seus compromissos nacionais e internacionais relacionados à mitigação de mudanças climáticas e proteção da biodiversidade, entre outros. A iniciativa conta com a participação de 22 Ministérios, quatro instituições do sistema financeiro e 18 representantes da sociedade civil, que compõem um Conselho Consultivo (veja mais detalhes em quadro nesta matéria).

O debate é uma ação da Rede de Socioeconomia da Agricultura, oficialmente designada em janeiro de 2025, para fortalecer essa área do conhecimento no Brasil, integrando pesquisa e inteligência estratégica para sustentar a competitividade do setor no cenário global. De acordo com Job Vieira e Pedro Abel, que compõem o comitê gestor da Rede, esse é apenas o primeiro debate programado para 2025. “A expectativa é que, no mínimo, mais dez sejam realizados ainda este ano, sempre sobre temas de importância no contexto agrícola brasileiro, como por exemplo, mão de obra, saúde única e sistemas produtivos, entre outros. Os conhecimentos compartilhados em eventos como esses são fundamentais para retroalimentar o processo de PD&I da Embrapa”, observa Vieira.

Leia mais em: Criada a Rede de Socioeconomia da Agricultura

Programação do debate

A programação do debate sobre taxonomia sustentável vai contar com palestras de Leonardo Mataram, gerente sênior de Transição Agrícola do Brasil da Climate Bonds Initiative (CBI); Gilson Bittencourt, Subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda e membro do Conselho de Administração da Embrapa (Consad); e Danielle Torres, pesquisadora da Embrapa, com a moderação de Otávio Balsadi, pesquisador da Gerência de Inclusão Socioprodutiva e Digital da Diretoria de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia (DINT).

 

Saiba mais sobre a Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB)

A TSB tem como objetivo apoiar o Brasil em seus compromissos nacionais e internacionais relacionados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas; conservação, manejo e uso sustentável das florestas e do solo; redução das desigualdades socioeconômicas, considerando aspectos raciais e de gênero; e regionais e territoriais do País.

Essas metas estão pautadas em sete objetivos ambientais e climáticos e quatro objetivos econômico-sociais, que são:

1. Mitigação da mudança do clima;

2. Adaptação às mudanças climáticas;

3. Proteção e restauração da biodiversidade e ecossistemas;

4. Uso sustentável do solo e conservação, manejo e uso sustentável das florestas;

5. Uso sustentável e proteção de recursos hídricos e marinhos;

6. Transição para economia circular;

7. Prevenção e controle de contaminação;

8. Geração de trabalho decente e elevação da renda;

9. Redução das desigualdades socioeconômicas, considerando aspectos raciais e de gênero;

10. Redução das desigualdades regionais e territoriais do país;

11. Promoção da qualidade de vida, com ampliação do acesso a serviços sociais básicos.

Para a construção da TSB foram definidos oito grupos técnicos setoriais, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Para que o processo seja inclusivo e transparente, a CNAE está na fase de consulta pública até o dia 31 de março na plataforma Participa + Brasil. Qualquer representante da sociedade civil pode ter acesso aos documentos e propor sugestões. Mais informações estão disponíveis na pagina da TSB.

 

Participação da Embrapa na TSB

A Embrapa participa do grupo técnico da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (CNAE A), coordenado pelos Ministérios da Fazenda, da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Meio Ambiente (MMA), e da Pesca e Aquicultura (MPA) e conta com o apoio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), da Climate Bonds Initiative (CBI) e da Campo.

Segundo Otávio Balsadi, a participação da Embrapa na taxonomia sustentável se dá por meio da indicação de práticas que contribuem para um ou mais objetivos da TSB para cada cadeia produtiva, a partir de resultados já validados pela pesquisa científica. Esse conjunto de informações subsidia o setor financeiro na concessão de crédito aos investidores interessados em atividades e projetos sustentáveis. Além disso, com a TSB, o governo visa incentivar cada vez mais a adoção dessas práticas sustentáveis que permitem que seus compromissos nacionais e internacionais sejam alcançados.  “É mais um exemplo de contribuição da ciência para a construção e implementação de uma política pública”, enfatiza.

A atuação da Embrapa está organizada em um comitê gestor e cinco grupos de trabalho: binômio soja e milho; café; eucalipto; sistemas a pasto (gado de corte e leite); e aquicultura, com foco inicial em tilápia e tambaqui

Fernanda Diniz (MtB 4685/DF)
Assessoria de Comunicação (Ascom)

Contatos para a imprensa

Telefone: (61) 3448-4364

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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