Embrapa acompanha ações de controle da doença da podridão da uva no Circuito das Frutas
Embrapa acompanha ações de controle da doença da podridão da uva no Circuito das Frutas
Os analistas Rafael Mingoti e André Farias acompanharam o pesquisador Lucas Garrido (Embrapa Uva e Vinho) nas visitas às propriedades agrícolas em Jundiaí e Elias Fausto, no dia 21 de janeiro, para avaliar a eficácia dos tratamentos propostos para conter o avanço da Glomerella cingulata, agente causador da podridão da uva madura. A iniciativa é proveniente de um plano emergencial iniciado em setembro, após articulações da Embrapa Territorial com a Embrapa Uva e Vinho, o Governo de São Paulo, as prefeituras, associações, sindicatos de produtores rurais e a assistência técnica das cidades do Circuito das Frutas. Ao todo, 11 produtores, de sete municípios, aceitaram aderir à proposta com a instalação de ensaios em suas fazendas para aplicação de produtos de controle da doença e indutores de resistência na planta.
A equipe da Embrapa tem retornado às propriedades onde foram instalados os ensaios. Em Elias Fausto, localizado a cerca de 45 km de Campinas, a doença havia comprometido quase a totalidade da área cultivada no ano passado. Adotando o protocolo proposto pela Embrapa, o produtor que aderiu ao projeto-piloto conseguiu reduzir a presença do fungo para 10% da área cultivada neste ano, aliviando a pressão da doença sobre as parreiras.
A visita marca o acompanhamento dos resultados do segundo tratamento aplicado para conter a pressão da dispersão do fungo. Em dezembro, pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho visitaram as propriedades-piloto para avaliar os resultados do primeiro tratamento.
A agenda de atividades também incluiu compromissos no Sindicato Rural de Indaiatuba, com o presidente Wilson Tomaseto. Os problemas enfrentados pelos vitivinicultores da região e a incidência da doença neste ano foram os principais assuntos debatidos. Na oportunidade, também foi discutida a realização de um Dia de Campo para apresentar os resultados dos tratamentos nos ensaios instalados e orientar os agricultores quanto ao combate mais eficaz ao agente causador da doença, conforme as condições climáticas. A previsão é de que o evento ocorra em março, em duas cidades do Circuito das Frutas, a serem selecionadas.
“É possível conviver e controlar a doença. Essa mensagem é importante, porque, há um ano, era consenso que as colheitas seriam perdidas para sempre. Outra mensagem importante é de que não existe receita mágica. O que funcionou no ano passado pode não servir neste ano. As estratégias mudam conforme a umidade e a temperatura. Você pode até usar os mesmos produtos, mas em momentos diferentes”, ressaltou Mingoti.
Alan Rodrigues (MTb 2625/CE)
Embrapa Territorial
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