Embrapa e Sinditabaco colocam em prática o Projeto Solo Protegido
Embrapa e Sinditabaco colocam em prática o Projeto Solo Protegido
Com a intenção de buscar medidas para o aumento da produtividade e sustentabilidade das propriedades agrícolas dedicadas à produção de Tabaco na Região Sul do Brasil, a UD está iniciando uma parceria com o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), entidade que representa 14 empresas envolvidas na cadeia produtiva do tabaco no Brasil, para realização conjunta de um projeto de pesquisa, chamado de Solo Protegido. A iniciativa se deu após o conhecimento dos resultados do projeto Auera, onde a parceria identificou gargalos do setor produtivo quanto às questões de manejo e conservação do solo e da água.
A UD coordena esta ação, realizando a seleção e o diagnóstico de propriedades que representam o setor produtivo do tabaco na região Sul do Brasil, a proposição de planos de intervenção contemplando as boas práticas agrícolas (BPAs) e o monitoramento de indicadores-chave, visando a proteção e conservação ou a recuperação da qualidade física, química e biológica do solo. O plano de trabalho realiza paralelamente atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para qualificar um conjunto de BPAs adequado aos sistemas de produção de tabaco, e de transferência de tecnologia (TT) em questões estratégicas, para dar suporte ao projeto, capacitar difusores de tecnologias das empresas integrantes e qualificar os planos de intervenção com as BPAs.
“Pretendemos também aprimorar, validar e consolidar a utilização do Índice de Sustentabilidade Auera - Eixo Solo (ISA-Solo) nas propriedades envolvidas na produção de Tabaco da Região Sul do Brasil, como forma de quantificar o nível de proteção e o incremento da qualidade do solo”, diz o pesquisador que lidera o projeto, Adilson Bamberg. Segundo ele, a expectativa é tornar os solos das áreas de produção mais resilientes aos efeitos adversos dos eventos extremos, principalmente depois de se perceber os níveis de danos verificados pela catástrofe de 2024 no RS. Para além disso, o projeto quer aumentar a eficiência produtiva e reduzir os problemas de erosão nas propriedades familiares produtoras de tabaco na região Sul do Brasil.
O projeto tem uma projeção de cinco anos de execução e deverá contemplar um número de propriedades suficiente para representar a realidade do setor produtivo nos três estados da região Sul do país, o que implica na necessidade de investimentos significativos para o alcance dos resultados. “Será necessário um período de execução relativamente longo, previsto para cinco anos, para que os efeitos de boas práticas agrícolas possam manifestar seus efeitos, assim como existe a necessidade de contratação de bolsistas, investimentos em equipamentos para determinações à campo, despesas com deslocamentos e insumos, orçados previamente em torno de 3 milhões”, disse Bamberg.
A produção de tabaco no sul do Brasil é de grande relevância econômica e social, fortemente vinculada ao contexto da agricultura familiar sul-brasileira. De acordo com os dados da Afubra, na região Sul do Brasil, responsável por 95,4% da produção nacional, 261.740 hectares foram cultivados com tabaco na safra 2023/2024, envolvendo um número estimado de 133.205 famílias de produtores, com um valor bruto de receita da produção aos produtores em torno de 11 bilhões.
Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
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