Cientistas discutem desafios e oportunidades da agricultura familiar no contexto da crise climática
Cientistas discutem desafios e oportunidades da agricultura familiar no contexto da crise climática
Um novo olhar para o papel da agricultura familiar no contexto do enfrentamento da crise global climática é o fio condutor da publicação “Agricultura Familiar e os Sistemas Alimentares: Remoção de Carbono e Transição Justa" (acesse aqui) compilado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) com a colaboração do Observatório do Clima e a participação do Grupo de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (Gepad) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A publicação contou com a participação de especialistas de centros de pesquisa da Embrapa.
Lançada na segunda semana de março, a publicação é dividida em seis capítulos que tratam do panorama da emergência climática e de seus impactos para o setor da agropecuária em geral, ao mesmo tempo em que apontam lacunas em algumas das políticas públicas desenvolvidas nessa seara, questões que são contempladas nos artigos assinados por 14 cientistas, sendo nove da Embrapa. Além da abordagem sobre a questão climática e suas variáveis, os autores destacam os graus de contribuição da agricultura familiar nesse contexto.
De acordo com o engenheiro ambiental e pesquisador em mudanças climáticas globais da Embrapa Hortaliças, Carlos Eduardo Pacheco, que assina um dos artigos e também integra a lista de editores da publicação, a ideia que capitaneou a construção do livro foi a de promover a inserção da agricultura familiar nas discussões referentes à mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
“Temos sistemas já desenvolvidos e adaptados a esse cenário, como o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), os Sistemas Agroflorestais (SAFs), a pecuária familiar de baixa emissão de carbono, o uso de bioinsumos, a própria agricultura familiar, entre outros”, alinha o pesquisador, para quem trata-se de sistemas que já comprovaram o seu valor, aptos portanto a receberem financiamento diferenciado ou até mesmo créditos de carbono, mas que até o momento não têm sido contemplados pelas políticas públicas atualmente existentes. “Por isso, essa questão, além de técnica, é também de justiça climática”.
Em resumo, o título “Agricultura Familiar e os Sistemas Alimentares: Remoção de Carbono e Transição Justa” propõe um maior protagonismo dos agricultores familiares na questão da resiliência frente às mudanças climáticas, desde que – conforme os autores – “receba o suporte necessário para ampliar seu impacto positivo”.
Especialistas da Embrapa que participaram da publicaçãoAnderson Sevilha (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia), Carlos Eduardo Pacheco (Embrapa Hortaliças), Evandro Vasconcelos Holanda Júnior (Diretoria de Inovação e Transferência), Francisco Eden Fernandes (Embrapa Caprinos e Ovinos), Hebert Cavalcante de Lima (Tecnologia de Alimentos), João Paulo Soares (Embrapa Cerrados), João Roberto Correia (Diretoria de Inovação e Transferência), Joel Henrique Cardoso (Agroindústria Tropical) e Walter José Matrangolo (Embrapa Milho e Sorgo). |
Anelise Macedo (MTB 2749 DF)
Embrapa Hortaliças
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