As equipes de pesquisadores, analistas e técnicos da Embrapa Soja (Londrina-PR) já começaram a utilizar os modernos equipamentos adquiridos por meio do Novo PAC Embrapa num valor total de R$ 6.321.436,39. Isso permite maior segurança e precisão dos empregados em suas atividades cotidianas. Além disso, a readequação física coloca esse centro de pesquisa da Embrapa mais próximo da fronteira do conhecimento, seja pelos benefícios dos equipamentos que promovem a automação dos processos ou pela geração de resultados mais rápidos, precisos e de maior qualidade. "A Embrapa Soja ficou vários anos sem receber investimentos públicos para incrementar a capacidade analítica dos laboratórios, assim como a automação/melhoria da eficiência das atividades de pesquisa. Com a aprovação e a implementação dos recursos do Novo PAC, está sendo possível a compra de equipamentos de última geração, o que permite o avanço do conhecimento agropecuário e, consequentemente, o desenvolvimento de novas tecnologias. Além disso, o foco em automação torna os processos mais eficientes, possibilitando a continuidade das nossas atividades técnicas e fortalecendo nossa posição para atuar na fronteira do conhecimento", diz Alexandre Nepomuceno (foto), chefe-geral da Embrapa Soja. Entre os mais de 10 itens solicitados pela Unidade para atualização e modernização dos laboratórios e campos experimentais, a maioria foi entregue e está instalada (confira no box), sendo que há itens ainda a serem entregues, uma vez que foram comprados por meio de importação e de empresas nacionais e que dependem da entrega de fornecedores. Há também aqueles já entregues e que dependem de instalação especializada. Metabolômica à serviço da pesquisa agrícola O Espectrômetro de massa Q-ToF (Quadrupolo - Tempo de Voo) de alta resolução é um dos destaques entre as mais recentes aquisições, pois tem capacidade de realizar análises metabólicas detalhadas, com alta precisão e sensibilidade. De acordo com o pesquisador Guilherme Zocolo, o equipamento fornece sensibilidade superior para análises quantitativas e qualitativas de amostras, em uma ampla faixa de concentração. A tecnologia garante alta resolução e medição de massa exata, suportando elucidação de estruturas químicas e identificação de compostos desconhecidos. O espectrômetro possibilitará a identificação de metabólitos relacionados às características genéticas de interesses fundamentais para o desenvolvimento de novas cultivares. Permitirá, também, uma análise metabolômica detalhada, identificando biomarcadores que permitirão a seleção assistida e, também, aprimorarão a fenotipagem de forma mais avançada e precisa. “Este equipamento irá simplificar e acelerar significativamente os programas de melhoramento genético”, ressalta Zocolo. Além disso, poderá contribuir para o desenvolvimento de cultivares com maior tolerância a estresses abióticos, como déficit hídrico e aumento de temperatura, além de facilitar a seleção de materiais com características nutricionais superiores, atendendo às demandas globais de segurança alimentar e nutricional. Outro uso consiste nos estudos de interações planta-praga e, especialmente, para o desenvolvimento de defensivos agrícolas naturais. “A identificação precisa dos perfis químicos de produtos oriundos da biodiversidade brasileira viabilizará a descoberta de novos bioinseticidas, biofungicidas e bioherbicidas. Essa abordagem reduzirá a dependência de agroquímicos importados, ao mesmo tempo em que valoriza e conserva a nossa biodiversidade por meio da Bioeconomia", explica Zocolo. Outra aquisição feita pela Embrapa Soja é o analisador NIR, um equipamento de alta precisão que efetua análises de alimentos e outras amostras orgânicas (e algumas inorgânicas) através do princípio de emissão de radiação eletromagnética. O equipamento pode fazer análise rápida de parâmetros de qualidade (determinação de proteína, umidade, teor de glúten e outros parâmetros) de trigo, cevada, milho e outros grãos. Faz ainda monitoramento da qualidade da farinha em vários estágios do processo de moagem; determinação do teor de óleo, umidade e outros parâmetros de qualidade de interesse em oleaginosas; produtos processados, entre outros. Automação do campo experimental Os recursos do PAC também irão automatizar muitas ações de pesquisa, em nível de campo. Um dos exemplos são os drones (foto Samuel Roggia) para pesquisas na área de pulverização agrícola. "Este tipo de drone tem demonstrado eficiência, adequação e praticidade, tanto para o manejo fitossanitário em parcelas experimentais quanto para áreas de produção", diz o pesquisador Samuel Roggia. Os drones interagem com outros métodos - como a pulverização tratorizada que é adequada para áreas maiores e contínuas (confira no box as vantagens desse tipo de equipamento). Além do manejo fitossanitário, a equipe de ecofisiologia também contará com um drone para otimizar as atividades. O equipamento pode colaborar para a definição no ajuste das curvas de respostas espectrais do dossel vegetativo, a nível aéreo, a estresses bióticos e abióticos em sistemas de produção agrícola. O drone deverá atender projetos de manejo do solo, fertilidade e nutrição de plantas, fitopatologia e entomologia, todos em andamento ou recentemente submetidos ao Sistema Embrapa de gestão (SEG). Fora tais projetos constantes da carteira SEG/IDEARE, atenderá ainda projetos em parcerias/convênios, envolvendo captação de recursos e prestação de serviços, além de dissertações e teses para capacitação de recursos humanos. Vantagens dos drones Ausência de amassamento das plantas e facilidade de pulverizar áreas irregulares, o que determina melhor aproveitamento do campo experimental. Facilidade e rapidez de deslocamento até a área a ser pulverizada, facilidade de lavagem do sistema para troca de produto e possibilidade de realizar pulverização mesmo com o solo úmido, o que deve aumentar a eficiência operacional e a realização de pulverização nas datas e condições mais adequadas tecnicamente. Menor exposição dos trabalhadores à pulverização, que podem ficar afastados da área que está sendo pulverizada. Possibilidade de substituir a pulverização costal de tratamentos em parcelas experimentais, reduzindo a demanda de mão-de-obra, a exposição dos trabalhadores aos produtos pulverizados e a riscos ergonômicos. Facilidade de deslocamento do equipamento para atender a demanda das equipes da Embrapa em diferentes locais de atuação, inclusive em experimentos em lavouras de agricultores. Outros equipamentos entregues à UD com recursos do Novo PAC Germinador de sementes Equipamento que atualiza e melhora a estrutura de análise de rotina e pesquisa. O equipamento vai gerar economia de energia, padrão de qualidade de resultados dentro do que o POP e a atual legislação preconiza e ampliação da quantidade da quantidade de amostras que poderão ser analisadas. Atende a uma demanda de 2000 análises de rotina e pesquisa ao ano.Pode ser utilizado por todas as equipes da Unidade.Também pode ser utilizado em treinamentos para público externo. Lavadora de placas Otimiza o uso de produtos de limpeza, poupa tempo, melhora a higienização das placas. Facilita a demonstração teórica e prática nos treinamentos. Fonte: Embrapa Soja