07/04/25 |   Research, Development and Innovation  Technology Transfer

Virumix será produzido na biofábrica de Sorriso, Mato Grosso

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Photo: Sandra Brito

Sandra Brito -

O lançamento do bioinseticida Virumix e a inauguração da biofábrica de baculovírus aconteceram dia 3 de abril em Sorriso, Mato Grosso. O evento foi realizado na sede da Comdeagro, onde está instalada a biofábrica. A empresa será responsável pela fabricação do produto em larga escala para o mercado.

Fruto de uma parceria público-privada, entre a Embrapa Milho e Sorgo (Unidade da Embrapa de Sete Lagoas, MG), o Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), o Virumix é o primeiro produto microbiológico na linha do IMAmt. Foi desenvolvido a partir do isolado 6 do Baculovirus spodoptera, identificado pela  Embrapa Milho e Sorgo.

A biofábrica conta com todos os equipamentos necessários para produzir o Virumix, que é formulado em pó. “Nesse processo, o controle de qualidade é essencial para entregar um insumo biológico de qualidade e com a concentração correta”, comentou Renata Felício, a responsável técnica pela biofábrica de Sorriso.

Experimentos em campo, realizados no Mato Grosso, mostraram que o Virumix apresenta eficácia superior a 85% no controle da lagarta-do-cartucho. Ele é  indicado para mais de 200 culturas agrícolas atacadas por essa praga.

O pesquisador Fernando Hercos Valicente, da Embrapa Milho e Sorgo, destacou que o Virumix, por ter sido desenvolvido a partir de um vírus entomopatogênico, é específico para combater o inseto-alvo, que é a lagarta-do-cartucho. “É um produto seguro para o meio ambiente e para os trabalhadores rurais”, disse.

“Mas o mais importante para alcançar a eficiência do controle dessa praga é adotar as recomendações técnicas de aplicação do produto, que necessitam de um posicionamento adequado em horários específicos, conforme descrito na bula”, disse Valicente.

Na solenidade, além dos representantes das empresas desenvolvedoras do Virumix, compareceram produtores rurais, técnicos extensionistas, profissionais de entidades públicas e privadas e autoridades municipais, estaduais e federais, incluindo Acácio Ambrosini, prefeito interino de Sorriso.

O supervisor Leonardo Rocha, do Setor de Gestão da Prospecção e Avaliação de Tecnologias, da Embrapa Milho e Sorgo, comentou que “um evento como esse consolida o resultado de um trabalho desenvolvido pela Embrapa há décadas. Reforça a importância da formação de parcerias institucionais relacionadas à inovação aberta, com vistas ao codesenvolvimento de tecnologias. Permite que os ativos tecnológicos sejam transformados em produtos passíveis de serem acessados pelos agricultores, em benefício da agricultura brasileira”.

No mesmo propósito, a pesquisadora Maria Marta Pastina, ressaltou que a Embrapa é uma empresa de ciência e tecnologia, que trabalha para entregar novas soluções para o agronegócio. “Para nós, é um grande orgulho ver as pesquisas executadas pelo pesquisador Fernando Valicente, e por toda a equipe da Empresa, se transformando em produtos posicionados no mercado. A parceria com o IMAmt e a Comdeagro consolida-se com o lançamento do Virumix. Mais uma inovação da ciência e da tecnologia que chega para o produtor”, disse.

“Esse evento é uma demonstração do nosso compromisso com a sustentabilidade do sistema de produção. Estamos agradecidos e fizemos questão de trazer aqui as pessoas que representam cada equipe desse projeto”, disse Álvaro Salles, diretor executivo do IMAmt e da Comdeagro.

Paulo Sérgio Aguiar, presidente da Comdeagro, evidenciou que a pressão das pragas e das doenças é muito alta e, por esse motivo, os produtores precisam, de alguma forma, utilizar os produtos químicos no Manejo Integrado de Pragas. “Mas nós podemos fazer uma associação muito boa com os produtos biológicos e diminuir muito o uso dos produtos químicos com alternativas que nós estamos desenvolvendo. Nós já temos biofábricas em Rondonópolis, Primavera do Leste, Campo Verde e Sorriso, e estamos fazendo outras”, pontuou Aguiar.

Orcival Gouveia Guimarães, presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), disse que ter uma biofábrica instalada na região é um grande incentivo. “Nós sempre nos preocupamos com o meio ambiente e trabalhamos em prol da sustentabilidade. Essa biofábrica vai nos ajudar, a cada dia, a usar mais os produtos biológicos, que estão dando uma resposta mais rápida no controle de pragas, junto com os produtos químicos. Os bioinseticidas são uma solução para a redução da aplicação de produtos químicos”.

Sandra Brito (MTb 06230/MG)
Embrapa Milho e Sorgo

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