Alternativas tecnológicas para o manejo de plantas daninhas na cultura da soja
Alternativas tecnológicas para o manejo de plantas daninhas na cultura da soja
Dentre os inúmeros fatores que interferem na redução da produtividade da cultura da soja destacam-se as plantas daninhas. Além das elevadas perdas na quantidade colhida, essas espécies também interferem no coeficiente técnico da colheita e na qualidade do produto. O controle de plantas daninhas na cultura da soja tem sido feito quase que exclusivamente pelo uso de herbicidas, gerando alto custo de produção e aplicação de grande volume de herbicidas no ambiente. Padrões de qualidade dos produtos, saúde e ambiente é exigida hoje pela sociedade assim como pelo mercado externo. Nichos de mercado como a produção de soja para alimentação e a soja orgânica, necessitam de tecnologias que permitam a convivência com as plantas daninhas sem a utilização ou a mínima utilização de produtos químicos. Nessa linha de pensamento, a adoção do conceito de Manejo Integrado de Plantas Daninhas na Cultura da Soja (MIPD) pode atenuar e, até mesmo, eliminar os efeitos provocados pelo uso do controle químico. Este sistema cresce continuadamente, agregando novas práticas e aperfeiçoando as existentes. Desafios novos surgem a cada safra, sendo necessário expandir os níveis de conhecimentos sobre o sistema de produção que envolve a soja. Desta forma, o projeto concentrou suas pesquisas a partir de uma análise crítica do estado da arte e dos principais entraves e demandas relacionadas ao manejo de plantas infestantes da cultura da soja, através de pesquisas básicas e aplicadas. Ainda que o foco fosse a cultura da soja, o projeto preconizou a geração de informações para a manutenção da área livre de plantas daninhas durante o ano todo para reduzir o banco de sementes, a pressão de infestação e a possibilidade de controle com menor quantidade possível de químicos, garantindo a sustentabilidade e a competitividade do agroecossistema dessa cultura. As pesquisas foram conduzidas a partir da instalação de experimentos a campo, casas-de-vegetação e laboratórios. Gerou indicações para a prevenção e o manejo de plantas resistentes ou não aos herbicidas. Observou-se que o manejo das infestantes diminui as perdas de produtividade da soja, reduzem os custos de produção e proporcionam maior rentabilidade da cultura e competitividade no mercado. Os trabalhos indicaram que áreas com alta incidência de buva podem perder até 70% da produtividade. Não é diferente com o capim amargoso ou o azevém. Com o projeto foi possível fazer indicações de pesquisa e comprovar que o controle cultural, a palhada e o controle mecânico com roçadeiras ajudam de forma significativa no programa de controle quando utilizados de forma integrada. Foram realizados treinamentos para a assistência técnica e aos agricultores. Os trabalhos envolveram a parceria com várias Unidades da Embrapa, a Faculdade de Agronomia de Paraguaçu Paulista, a Universidade Estadual de Maringá, o Centro Integrado de Educação de Campo Mourão, a EMATER – PR e Cooperativas. As informações geradas foram divulgadas através de publicações técnicas e cientificas, por palestras, dias de campo e pela mídia, objetivando disponibilizá-las aos agricultores e técnicos de todas as regiões produtoras.
Ecossistema: Extremo Sul, Região dos Cerrados
Situação: concluído Data de Início: Fri Aug 01 00:00:00 GMT-03:00 2008 Data de Finalização: Sun Jul 31 00:00:00 GMT-03:00 2011
Unidade Lider: Embrapa Soja
Líder de projeto: Dionisio Luiz Pisa Gazziero
Contato: dionisio.gazziero@embrapa.br