Interação das cigarrinhas-das-pastagens com as forrageiras dos gêneros Brachiaria e Pennisetum: Bases moleculares e bioquímicas
Interação das cigarrinhas-das-pastagens com as forrageiras dos gêneros Brachiaria e Pennisetum: Bases moleculares e bioquímicas
O controle das cigarrinhas-das-pastagens, em geral, é comprometido por não reconhecer que o impacto desse inseto-praga pode variar muito, devido à diversidade taxonômica, a extensão dos habitats, fatores climáticos e manejo das pastagens. Além disso, os insetos e plantas co-evoluem e este fator deve ser levado em consideração; visto que, a descoberta de cultivares resistentes requer período relativamente longo, e o conhecimento das bases da interação do inseto-praga com a planta pode ser ponto-chave para que seja restabelecido o fator favorável para planta. Esse cenário aponta a necessidade de estudos básicos visando estreito conhecimento das bases genéticas e químicas envolvidas na interação inseto “versus” planta. Dessa forma, objetivou-se avaliar a interação das cigarrinhas-das-pastagens com as forrageiras dos gêneros Brachiaria e Pennisetum em bases moleculares e bioquímicas. Pesquisas referentes à identificação da variabilidade genética de espécimes de cigarrinhas-das-pastagens, com base em marcadores moleculares RAPD (polimorfismos do DNA amplificados ao acaso) foram conduzidas; avaliou-se o perfil eletroforético de proteína de espumas das cigarrinhas; os fenóis produzidos pelas forrageiras como indicadores de resistência às cigarrinhas-das-pastagens por meio da utilização de óxido nítrico; assim como o estudo da resistência às cigarrinhas-das-pastagens em clones de braquiária. Para a primeira ação de pesquisa constatou-se que há alta variabilidade genética dos espécimes de Mahanarva spectabilis e, que a análise de agrupamento separou as espécies M. fimbriolata, M. spectabilis e M. liturata. Foram identificados seis marcadores exclusivos, presentes em todos os indivíduos de M. spectabilis e, da mesma forma, oito marcadores exclusivos para M. fimbriolata e quatro para M. liturata. Estes marcadores podem ser utilizados no auxílio da identificação destas espécies, uma vez que as características morfológicas externas comumente utilizadas pelos taxonomistas são de difícil avaliação, principalmente pela variação do padrão das tégminas. Quanto ao teor proteico das espumas, provenientes de diferentes materiais genéticos de capim elefante e braquiária, foi evidenciada a interação da expressão de proteína de diferentes pesos moleculares com o os diferentes genótipos ofertados à cigarrinha-das-pastagens; da mesma forma foi possível fazer associação entre as expressões proteicas com os materiais de padrão de resistentes e suscetibilidade. No estudo da indução de resistência constatou-se que a aplicação de óxido nítrico aumentou o teor de polifenóis das plantas de capim elefante, sendo promissor para incrementar a resistência dessa forrageira ao ataque de M. spectabilis. Verificou-se, também, grande variabilidade genética dos clones de B. ruziziensis para a resistência a cigarrinha-das-pastagens; porém, não foi possível verificar a relação das diferenças genéticas com base molecular das plantas com aqueles que foram resistentes ou suscetíveis pelo teste de antibiose. Sendo assim, foi possível identificar fatores que envolvem a especificidade entre as forrageiras e as cigarrinhas-das-pastagens, de forma a ampliar as alternativas de controle do inseto-praga.
Ecossistema: Floresta Atlântica, Região dos Cerrados
Situação: concluído Data de Início: Fri Aug 01 00:00:00 GMT-03:00 2008 Data de Finalização: Sat Jul 31 00:00:00 GMT-03:00 2010
Unidade Lider: Embrapa Gado de Leite
Líder de projeto: Alexander Machado Auad
Contato: alexander.auad@embrapa.br
Palavras-chave: Capim-elefante, Cigarrinh-das-pastagens, Resistência Induzida