O controle de pragas e doenças em agricultura orgânica é complicado, já que os produtos disponíveis no mercado para esse fim deixam resíduos nos alimentos e poluem o ambiente, reduzindo o número de inimigos naturais das pragas agrícolas. Assim, o agricultor acaba lançando mão de recursos alternativos, como diversificação da vegetação e aplicação de caldas à base de cálcio, enxofre e cobre, bem como dos extratos de plantas.
Entretanto, são escassas as pesquisas que mostram a toxicidade e a seletividade dos fitoprotetores usados rotineiramente em cultivos orgânicos. Também no caso da diversificação da vegetação, embora ela gere inúmeros benefícios para o controle fitossanitário – inclusive a conservação dos agentes de controle biológico –, há poucas informações sobre as espécies de plantas adequadas para essa finalidade e o modo como devem ser distribuídas nos cultivos.
Este projeto propôs ações para conservar os inimigos naturais nas áreas de cultivo orgânico de hortaliças e dividiu-se em duas principais vertentes: avaliação do uso de plantas atrativas para inimigos naturais em cultivos orgânicos de hortaliças e análise da toxicidade e da seletividade dos produtos fitossanitários, como as caldas bordalesa e sulfocálcica, entre outras. A intenção foi estabelecer estratégias de conservação de inimigos naturais em cultivo orgânico de hortaliças por meio do uso de plantas atrativas e inseticidas seletivos, dando mais segurança aos agricultores.