A baixa produtividade das pastagens no Brasil é a principal causa da pouca rentabilidade e competitividade dos sistemas de produção animal em relação a outros sistemas agrícolas. O projeto teve como objetivo gerar tecnologias em sistema intensivo de produção animal em pastagens de capins Tanzânia ( Panicum maximum), Marandu ( Brachiaria brizantha) e Estrela-africana ( Cynodon nlemfuensis), visando melhorias na produção e qualidade da forragem e na produção de leite. Para tanto, foram feitas avaliações com intervalo de desfolha (período de descanso) fixo ou conforme a interceptação luminosa (capins Tanzânia e Marandu), diferentes doses de nitrogênio sob irrigação (capim Estrela-africana), e verificações do desempenho de vacas mestiças Holandês x Zebu em pastagem irrigada, adubada com doses crescentes de nitrogênio e manejada em sistema rotativo (capim Estrela-africana). Dentre os vários resultados, merece destaque a elevada eficiência econômica obtida com o capim Estrela-africana. A dose de nitrogênio para atingir a máxima produção biológica variou de 430 a 532 kg/ha. No caso da taxa de lotação máxima, a dose variou de 412 a 496 kg/ha de nitrogênio. Para o capim Marandu, a altura em pré-pastejo que coincidiu com a interceptação de 95% da luminosidade foi de 35 cm. O período de descanso médio para alcance da meta de 95% de interceptação luminosa foi de 24 dias. A altura residual variou entre 20 e 25 cm, com valor médio de 23 cm. O manejo com período de descanso variável possibilitou maior taxa de lotação (6,6 UA/ha) e produção de leite por área (93,5 kg/ha/dia), quando comparado ao manejo com período fixo de 30 dias (5,0 UA/ha e 71,3 kg/ha/dia). Para o capim Tanzânia, a altura em pré-pastejo para alcance de 95% de interceptação luminosa variou entre 90 e 100 cm. A altura média de resíduo foi de 50 cm. A produção média de leite foi de 12,6 kg/vaca/dia e a taxa de lotação de 6,8 UA/ha, com os animais recebendo 2 kg de ração concentrada por dia. O manejo com período de descanso variável possibilitou elevada produção de leite por área (99,7 kg/ha/dia).