Sistemas agroflorestais para a soberania alimentar, a geração de renda e a recuperação dos serviços ambientais de assentamentos rurais do Território da Cidadania de Manaus e Entorno, AM

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

imagem

Foto: Silva, Mauricilia Pereira da

Os sistemas de produção agropecuários convencionais na Amazônia são responsáveis pela maior parte da emissão de gases de efeito estufa do Brasil. A insustentabilidade desses sistemas de uso da terra também ocasiona degradação social e cultural das famílias rurais, além de produzirem alimentos por meio de processos produtivos dependentes de insumos externos e da aplicação de agrotóxicos. Sistemas agroflorestais são sistemas produtivos permanentes de uso da terra, cujos princípios de sustentabilidade, como presença de árvores e de leguminosas, diversidade, eficiência na ciclagem de nutrientes e suas práticas agroecológicas inerentes, propiciam a recuperação de áreas degradadas, o uso mais eficiente dos recursos e a geração de serviços ambientais, garantindo a geração de renda e a soberania alimentar. A Embrapa Amazônia Ocidental e instituições parceiras realizam há 20 anos importantes e pioneiras pesquisas experimentais com sistemas agroflorestais, que precisam ser avaliadas, finalizadas e divulgadas. Os plantios experimentais da Embrapa são os mais antigos implantados em áreas degradadas do Estado do Amazonas. A sistematização dessas experiências proporcionará suporte técnico-científico para ações que promovam o desenvolvimento agroflorestal em comunidades rurais tradicionais e não tradicionais na Amazônia. Assim, a consolidação dos resultados dessa pesquisa agroflorestal conjuntamente com os conhecimentos e as práticas tradicionais exitosas nas comunidades rurais gerarão propostas de manejos agroecológicos, de arranjos e de manejos agroflorestais e de metodologias de construção coletiva de conhecimentos que conduzirão o estabelecimento de novos sistemas agroflorestais, assim como a otimização dos quintais agroflorestais existentes nas comunidades e a recuperação de sistemas produtivos degradados, Reservas Legais (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP). Para tanto, ações pilotos estão sendo conduzidas em propriedades de comunidades rurais do território da Cidadania de Manaus e Entorno, AM. Os sistemas agroflorestais (SAF) implantados e os já existentes nas comunidades parceiras e nos Campos Experimentais estão sendo avaliados quanto ao desempenho produtivo, ao papel para a segurança alimentar e à geração de renda. Além disso, estão sendo mensurados o desenvolvimento dendrométrico (volume das árvores), o acúmulo e estoque de biomassa e de carbono e a influência da adoção de sistemas agroflorestais na manutenção da cobertura florestal e na qualidade dos recursos hídricos, o que gerará conhecimentos importantes sobre o comportamento de componentes e arranjos agroflorestais e sobre seus impactos socioambientais. Para construir coletivamente o conhecimento agroecológico e resgatar o conhecimento agroflorestal, o projeto atua com estratégias de empoderamento de agricultores e de suas organizações comunitárias e de valorização dos saberes populares e tradicionais. As cadeias agroflorestais e agroecológicas estão sendo fortalecidas com os conhecimentos produzidos coletivamente por este projeto e pela atuação no fortalecimento dos Sistemas Participativos de Garantia da Conformidade da Produção Orgânica realizada conjuntamente com a Rede Maniva de Agroecologia e a Associação dos Produtores Orgânicos do Amazonas. Os resultados produzidos pela ação conjunta de instituições e dos saberes e práticas sustentáveis das comunidades têm propiciado a organização social em prol da sustentabilidade e soberania dos agricultores, além da implantação e otimização de sistemas de uso da terra e de manejo integral da paisagem e geradores de soberania alimentar, de renda e da recuperação de áreas degradadas de assentamentos rurais do referido Território da Cidadania. A integração entre os conhecimentos e esforços da ciência, das instituições e das famílias e comunidades parceiras é fundamental para avançar neste novo paradigma. Por isso, o nome simbólico do projeto é #26;Ajuri Agroflorestal#26; (Ajuri #26; do Tupi-guarani, que significa mutirão ou reunião para trabalho em conjunto).

Ecossistema: Amazônico

Situação: concluído Data de Início: Thu Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Sun Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2014

Unidade Lider: Embrapa Amazônia Ocidental

Líder de projeto: Elisa Vieira Wandelli

Contato: elisa.wandelli@embrapa.br

Galeria de imagens