O projeto buscou desenvolver ações no Projeto de Assentamento Vila Amazônia, município de Parintins, o segundo maior assentamento do Estado do Amazonas em tamanho de área (78.270 hectares) e em número de famílias assentadas (1.926 famílias), onde, devido ao sistema produtivo tradicional de "corte e queima" predominante nos lotes dos agricultores, aproximadamente 15% da área total já foi desflorestada. A etapa fundamental para o planejamento e realização de todas as atividades do projeto foi a realização de um diagnóstico socioeconômico e ambiental do assentamento Vila Amazônia. Para tanto, foi feita uma pré-seleção das comunidades ou grupos de produtores que tenham tradição com o cultivo da mandioca e da banana no assentamento. Com o diagnóstico socioeconômico buscou-se identificar as potencialidades e problemas e as oportunidades e ameaças que influenciam a produção local; priorizar as atividades a serem desenvolvidas; e identificar e selecionar grupos de trabalho. Com o diagnóstico ambiental buscou-se caracterizar os tipos de solos predominantes na área do assentamento e avaliar o grau de influência humana na cobertura vegetal do assentamento. Também foi objetivo do trabalho a implantação de propostas de melhorias nos sistemas produtivos de mandioca e banana em dez grupos de trabalho, sendo cinco que se dedicam ao cultivo da mandioca e cinco ao cultivo da banana. Para tanto, os agricultores foram capacitados em temas relacionados à gestão da produção, bem como para o emprego das tecnologias adotadas para melhoria dos sistemas produtivos. Foram realizadas visitas técnicas periódicas de acompanhamento e avaliação destinadas a verificar os resultados, bem como para coleta de dados para atualização do banco de dados do projeto. Assim, o projeto buscou apoiar o desenvolvimento e a melhoria dos sistemas de produção agrícola predominantes no assentamento Vila Amazônia, praticados por agricultores de base familiar, por meio da adaptação de inovações tecnológicas que foram desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Ocidental, utilizando-se de processos educativos de gestão agrícola e de ferramentas metodológicas participativas que contribuíram para o aumento da produção, a geração de emprego e renda, a segurança alimentar e melhoria da qualidade de vida da população.