Monitoramento e diagnose do complexo Aceria tosichella e vírus transmitidos (Wheat streak mosaic virus, High plains virus, Triticum mosaic virus) #26; contribuição brasileira para a compreensão e manejo de um patossistema em expansão na América do Sul

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Foto: PEREIRA, Paulo Roberto Valle da Silva

O ácaro do enrolamento do trigo, Aceria tosichella, Keifer (Prostigmata: Eriophyidae) e as espécies de vírus transmitidas constituem um complexo que afeta o cultivo de cereais em várias partes do mundo. O principal dano do ácaro decorre da sua habilidade de transmitir diferentes espécies de vírus, sendo as mais importantes Wheat streak mosaic vírus (WSMV - Potyviridae, Tritimovirus ), High plains virus (HPV - provavelmente um grupo de vírus emergente com algumas características de tenuivirus e tospovirus) e a mais recentemente detectada Triticum mosaic virus (TriMV - Potyviridae, com dois gêneros novos propostos Susmovirus ou Poacevirus). Embora o complexo represente uma preocupação para agricultores e pesquisadores a pelo menos seis décadas, ele continua a representar um desafio. Nas áreas com maior histórico, como por exemplo, a América do Norte, nos anos 1990 houve um agravamento do impacto econômico causado pelo complexo com possível ressurgência de HPV. Soma-se a isto o surgimento de novas espécies de vírus como TriMV, que provoca sintomas similares a WSMV e foi detectado por ser capaz de infectar plantas com o gene RonL que confere resistência a WSMV. Na região das Grandes Planícies, WSMV é responsável por reduções da produtividade médias anuais de cerca de 5% com perda completa em áreas localizadas. Perdas econômicas anuais acumulam um total de US$ 80 milhões apenas no estado do Kansas (Christian e Willis 1993; French e Stenger 2003; University of Illinois 1989). Na Austrália e América do Sul, onde este complexo foi detectado na última década ele representa um novo desafio a produção de cereais. As dificuldades encontradas no manejo decorrem da complexidade deste patossistema sendo que tanto cuidados culturais como a resistência genética necessários para minimizar as perdas. No Brasil, A. tosichella foi detectado no noroeste do Rio Grande do Sul em 2006. Desde seu primeiro relato, a sua distribuição geográfica e número de hospedeiros tem ampliado. Em 2013, o WSMV foi relatado no Brasil. Até o momento, os níveis populacionais de A. tosichella no Brasil em condições de lavoura são baixos, mas com a ampliação da distribuição geográfica do complexo aumenta a probabilidade do ácaro encontrar condições favoráveis ao desenvolvimento de epidemias e mesmo amplia-se a possibilidade de migração do ácaro para áreas mais favoráveis. Neste contexto, as atividades do projeto são desenvolvidas concomitantemente no Brasil e Argentina e visam: 1. continuar o monitoramento da distribuição e do impacto causado e dos vírus transmitidos no Brasil e Argentina; 2. estudar a variabilidade das populações do ácaro e do vírus; 3. estudar as condições do ambiente predisponentes ao desenvolvimento de epidemias e desenvolver mapas de risco; 4. Avaliar o nível de resistência das cultivares de trigo e avaliar fontes de resistência visando a sua introgressão. 5. Desenvolver métodos de diagnoses precisos principalmente considerando que estes vírus também apresentam transmissão por sementes.

Situação: concluído Data de Início: Tue Nov 01 00:00:00 GMT-03:00 2011 Data de Finalização: Fri Oct 31 00:00:00 GMT-03:00 2014

Unidade Lider: Embrapa Trigo

Líder de projeto: Douglas Lau

Contato: douglas.lau@embrapa.br

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