Dinâmica de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e balanço de Carbono em sistemas de produção de grãos no bioma Mata Atlântica
Dinâmica de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e balanço de Carbono em sistemas de produção de grãos no bioma Mata Atlântica
As áreas agrícolas dentro do Bioma Mata Atlântica respondem por uma significativa parcela da produção de grãos do País, com destaque para as culturas da soja, milho, arroz, feijão e trigo. É uma região cuja mudança de uso do solo ocorreu há muito anos, não havendo grandes alterações na área de lavouras desde 1994. Isso faz com que a forma como o solo é utilizado na atualidade tenha grande importância nas emissões de gases de efeito estufa (GEEs) neste Bioma. Para as áreas produtoras de grãos, o manejo do solo para plantio e o manejo das culturas, incluindo-se a aplicação de insumos como fertilizantes nitrogenados, representam as principais fontes de Dióxido de Carbono (CO2) e Óxido Nitroso (N2O) para a atmosfera. No caso específico da cultura de arroz, que neste bioma é representada majoritariamente pelos sistemas alagados, as emissões de Metano (CH4) são as mais importantes. Poucos estudos são suficientemente completos para permitir estimar com segurança os impactos desses sistemas de produção sobre as emissões de GEEs. Em função disso, os inventários nacionais de GEE vêm sendo realizados com fatores de emissão globais, que podem pouco representar a realidade do Brasil. Por esse motivo, o presente projeto tem como objetivo levantar dados para desenvolver fatores de emissão para os diferentes sistemas de produção e regiões do Bioma Mata Atlântica, assim como levantar dados para contribuir para estudos de modelagem e simulação que são objeto de um outro Projeto da Embrapa. Uma das estratégias potenciais de mitigação das emissões de CO2 pela mudança de uso do solo é o uso do plantio direto, assumido como uma das Ações Nacionais Apropriadas de Mitigação (NAMAs, na sigla em inglês) pelo governo brasileiro na COP 15 em Copenhagen. Praticamente, 70% das lavouras de soja e milho no Bioma já utilizam o plantio direto, porém não se sabe ao certo o impacto do sistema na acumulação de carbono do solo, em função das diferenças regionais no manejo das culturas, e também por quanto tempo o sistema está contribuindo para mitigar emissões de Gases de Efeito Estufa.Experimentos de longo prazo serão utilizados para levantar informações mais precisas a esse respeito. Quanto às emissões de N2O e CH4, praticamente não existem estudos compatíveis para o desenvolvimento de fatores de emissão, o que será intensamente explorado no projeto. Os protocolos preveem estudos por dois anos, com amostragens frequentes utilizando-se câmaras estáticas fechadas. Dados de variáveis do solo e clima, que se relacionam com os fluxos de gases também estão sendo levantados. O projeto está sendo conduzido por equipes de pesquisa de diferentes Unidades da Embrapa e de outras Instituições de pesquisa, criando uma força tarefa multidisciplinar. Os produtos esperados para o projeto devem contribuir muito para a elaboração de inventários mais próximos da realidade brasileira, e subsidiar políticas públicas para o setor. Em outro plano, esse esforço de equipes multidisciplinares deve contribuir para o avanço do conhecimento no tema dentro do país, assim como para a formação de recursos humanos em diversas especialidades requeridas para as atividades.
Ecossistema: Floresta Atlântica
Situação: concluído Data de Início: Sat Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2012 Data de Finalização: Thu Aug 31 00:00:00 GMT-03:00 2017
Unidade Lider: Embrapa Soja
Líder de projeto: Julio Cezar Franchini dos Santos
Contato: julio.franchini@embrapa.br
Palavras-chave: estoque de C, óxido nitroso, metano, dióxido de carbono, soja