Aprimoramento, inovação e desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias em sistema plantio direto para o agronegócio brasileiro - SPDBrasil
Aprimoramento, inovação e desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias em sistema plantio direto para o agronegócio brasileiro - SPDBrasil
Foto: KURTZ, Paulo
O agronegócio brasileiro, sob o ponto de vista econômico vem sendo reconhecido como atividade moderna, próspera, rentável, competitiva e de magnitude que evidencia o Brasil como uma potência agrícola mundial. É creditado a essa atividade 26% do Produto Interno Bruto, 42% do volume das exportações brasileiras e 37% do total de empregos do país. Esse cenário determina que o desenvolvimento do país se encontra fortemente dependente da crescente produção de produtos agropecuários. O pressuposto para efetivação desse cenário esta fundamentado no conservacionismo, tanto na esfera da manutenção e da recuperação do solo de sistemas agrícolas produtivos, quanto no âmbito da preservação dos sistemas naturais do entorno, fato que preconiza novos imperativos para o governo e o produtor, no intuito de enfrentar o desafio de estimular o crescimento do agronegócio brasileiro, alicerçado na adoção dos preceitos da agricultura conservacionista. Nesse contexto, questiona-se se a atual pujança creditada à agricultura do país é realmente conservacionista. Atualmente, o sistema plantio direto é o complexo tecnológico de manejo de solo e de culturas, disponível e acessível ao produtor rural, que reúne o mais amplo conjunto de preceitos da agricultura conservacionista com potencial para imprimir sustentabilidade ao agronegócio brasileiro. Contudo, dos 40 milhões de hectares cultivados com culturas anuais no país, 26 milhões de hectares estão sob plantio direto e, estima-se que destes, em apenas 10 milhões de hectares aplica-se os preceitos da agricultura conservacionista minimamente requeridos para alicerçar robustez à agricultura do país. Ao se contrastar os preceitos da agricultura conservacionista preconizados para o sistema plantio direto com aqueles que atualmente estão sendo adotados, evidenciam-se problemas de degradação da fertilidade integral do solo e de dilapidação de recursos naturais, que colocam em risco as projeções de exuberância da agricultura no país e, por este motivo, requerem priorização de ações de pesquisa. Observa-se acentuada estratificação química e física do solo da camada superficial de 0-20 cm de profundidade, a qual induz concentração de raízes na camada superficial (0-5 cm), elevando a frequência de perda de produtividade por estresse hídrico, mesmo em curtos períodos sem chuva, e favorece a erosão, quando da ocorrência de chuvas intensas. A magnitude desse problema se estende em 30 milhões de hectares de lavoura anual no país, sem a adoção plena dos preceitos da agricultura conservacionista, que, regionalizadamente, demanda aprimoramento, inovação e desenvolvimento de tecnologias. Essa abordagem, ao confrontar os problemas afetos à adoção do sistema plantio direto, como tecnologia promotora de sustentabilidade à agricultura, com a evolução do conhecimento científico e tecnológico da agricultura conservacionista no Brasil, remete a busca por soluções em três níveis de ação: aprimoramento e inovação tecnológica; validação e desenvolvimento de tecnologias; e transferência de conhecimentos e de tecnologias. Assim, o projeto está estruturado em cinco planos de ação. O Plano de Ação I, trata da gestão do projeto, assegurando alcance das metas projetadas. Os demais contemplam atividades inter-relacionadas e complementares: Plano de Ação II - gênese da degradação da fertilidade integral do solo; Plano de Ação III - mitigação da degradação da fertilidade integral do solo; Plano de Ação IV - validação de tecnologias mitigadoras da degradação da fertilidade integral do solo; e Plano de Ação V - transferência de conhecimentos e de tecnologias mitigadoras da degradação da fertilidade integral do solo. Para a condução desses planos de ação, se estabeleceu um arranjo interinstitucional e multidisciplinar, com complementaridade de competências, contemplando 15 unidades descentralizadas da Embrapa e instituições de ensino, pesquisa, assistência técnica e extensão rural, objetivando solucionar os problemas identificados, bem como promover a adoção do sistema plantio direto consoante os preceitos da agricultura conservacionista, para manter e/ou recuperar o solo agrícola e outorgar ao Brasil status de potência agrícola mundial.
Ecossistema: Amazônico, Floresta Atlântica, Região dos Cerrados, Região dos Pinheirais
Situação: concluído Data de Início: Mon Apr 01 00:00:00 GMT-03:00 2013 Data de Finalização: Sat Mar 31 00:00:00 GMT-03:00 2018
Unidade Lider: Embrapa Trigo
Líder de projeto: Jose Eloir Denardin
Contato: jose.denardin@embrapa.br