O Agreste do Estado de Sergipe tem experimentado uma forte expansão da cultura do milho nos últimos anos. Essa região é caracterizada por relevo ondulado e se situa entre as principais áreas de produção de alimentos do Nordeste. Além do aumento na área plantada, tem ocorrido uma importante mudança no perfil tecnológico dos produtores que passaram a adotar sistemas de produção com uso intensivo de insumos e máquinas agrícolas. Em geral, o aumento da mecanização diminui a cobertura do solo, a rugosidade e a porosidade da camada preparada, aumentando assim a erosão hídrica. Tais práticas também favorecem a uma degradação da matéria orgânica dos solos, diminuindo assim a sua capacidade de retenção de água e sua fertilidade química e física com impactos importantes sobre a sua capacidade produtiva. Além disso, elas têm o potencial de causar externalidades negativas ao meio-ambiente tais como emissões de CO2 e o assoreamento dos mananciais, com riscos de enchentes e degradação da qualidade de água para abastecimento da zona rural e dos centros urbanos. O desenvolvimento de pesquisas que aliem manejo conservacionista do solo, rotações e sucessões de culturas e alternativas de produção de biomassa para cobertura do solo e aumento da matéria orgânica, constitui-se em fatos importantes no contexto atual e visam estabelecer, acima de tudo, sistemas de produção sustentáveis, com o mínimo de danos ao meio-ambiente e com a máxima lucratividade para o produtor rural. O projeto teve por objetivo promover a sustentabilidade da produção de milho no Agreste sergipano pela introdução de sistemas de cultivo que combinam práticas conservacionistas, preparo do solo, rotações e sucessões de culturas e alternativas de formação de cobertura do solo.