A fermentação dos componentes dietéticos é um processo de grande importância para nutrição de pequenos ruminantes e, dentre outros produtos, resulta na formação de metano. Este fato representa um problema de magnitude global, uma vez que a produção de metano entérico pelos ruminantes representa 50% da emissão antropológica desse gás, cujos efeitos como agente promotor de aquecimento global são cerca de 21 vezes maiores que aqueles do CO2. Assim, diversas práticas têm sido utilizadas com intuito de reduzir as emissões de metano provenientes da fermentação entérica. Com o presente projeto pretende-se identificar espécies vegetais nativas do bioma caatinga com potencial de modificação da fermentação ruminal e mitigação da emissão de metano de origem entérica. Serão avaliados os produtos finais da fermentação, a degradabilidade da matéria seca e matéria orgânica, o total de metano produzido por unidade de substrato fermentado e degradado. A identificação de espécies vegetais capazes de alterar a cinética de fermentação ruminal e, com isso, reduzir a formação de metano durante a fermentação entérica, fornecerá os subsídios para identificação e isolamento de compostos secundários, que futuramente, poderão vir a compor aditivos alimentares específicos para este propósito. Para o Brasil, como segundo maior país emissor de metano entérico do mundo, esta estratégia pode ser particularmente importante diante da iminência do estabelecimento de metas de redução da emissão de gases de efeito estufa também para os países em desenvolvimento.