O manejo florestal sustentável tem sido preconizado como a ferramenta capaz de lidar com os grandes desafios para a utilização racional da floresta amazônica. Um destes desafios é a definição de um manejo mais voltado para grupos de espécies, ao invés daquele pautado somente no critério volumétrico por povoamento. Esta proposta objetiva identificar grupos de espécies que sejam espacialmente associados às variáveis químicas, físicas e biológicas do solo, a partir de uma lista de 30 espécies de interesse do manejo florestal; identificar as associações entre as espécies e as variáveis de solos, ressaltando a seletividade ambiental das mesmas; selecionar as variáveis de solos que mais respondem pelas variações na composição das espécies; identificar zonas de maior biodiversidade no entorno das espécies de interesse; e definir tamanhos de áreas e as classes de valores das variáveis de solos relacionadas à estrutura espacial das espécies. Os resultados esperados incluem, dentre outros, lista de espécies com informações sobre a seletividade ambiental das espécies selecionadas; definição de grupos de espécies espacialmente estruturados em tamanhos específicos de área; mapas interpolados das variáveis de solos, zonas de biodiversidade vegetal no entorno das espécies selecionadas, e informações em quais classes de valores das variáveis ambientais a estrutura espacial das espécies pode ser observada. Estes resultados contribuirão para o avanço no conhecimento sobre grupos de espécies com características estruturais similares, as quais poderão no futuro receber tratamentos silviculturais semelhantes, inserindo-se, assim, no planejamento do manejo de ações que priorizem a relação das espécies com seu ambiente natural de ocorrência. Destaca-se também a contribuição da proposta para a definição de zonas de diversidade florestal, as quais serão úteis na definição de limites ou tamanhos das unidades de manejo, contribuindo para a sustentabilidade dos ambientes florestais. A proposta trará grande contribuição para o desenvolvimento regional, cujos resultados poderão ser utilizados pelos órgãos de fiscalização e controle ambiental, pelo setor produtivo empresarial e de pequena escala, bem como pelo setor acadêmico, através da formação/capacitação de recursos humanos.