A produção e comercialização de frutas de caroço no Brasil é uma importante atividade agrícola que contribui
para o aumento do nível de renda de parcela significativa de proprietários rurais nas regiões Sul e Sudeste.
Como todas as frutíferas de clima temperado, as espécies frutíferas de caroço entram em dormência quando
ocorrem as baixas temperaturas e necessitam de um acúmulo de horas de frio para sair desse estádio. Na
maioria das principais áreas de cultivo do mundo, este acúmulo deve ser superior a 700 horas, o que pode
ser modificado graças ao melhoramento. Além da brotação e da floração deficientes, resultantes do baixo
acúmulo de frio, outros problemas relativos à produção dessas espécies no Sul e Sudeste do Brasil são a
incidência de pragas e doenças, a ocorrência de temperaturas adversas (ou muito baixas ou muito altas) por
ocasião do início da floração, prejudicando a fertilização. Outro desafio dos persicultores é o de competir, no
próprio mercado nacional, com cultivares importadas, produzidas em regiões do mundo com ótimas
condições edafoclimáticas. Este projeto tem por objetivo favorecer a competitividade da cadeia produtiva da
persicultura desenvolvendo genótipos adaptados às condições do Sul e Sudeste do Brasil, mais resistentes a
fatores de estresse bióticos e abióticos, desenvolvendo produtos diferenciados ou com mais elevado valor
funcional.