Em sistemas de pecuária leiteira, as novilhas destacam-se como componente importante na garantia da perenidade produtiva do rebanho. A alimentação de novilhas leiteiras tem se baseado na utilização de pastagens de gramíneas, que se encontram, pouco tempo depois do estabelecimento, em processo de degradação. Como consequência, tem-se observado baixos ganhos de peso diário de novilhas. Atualmente, os sistemas silvipastoris têm sido sugeridos como alternativa para produção animal, pelos seus benefícios potenciais, como aumento da fertilidade do solo, melhoria da qualidade da forragem, conforto térmico para os animais e possibilidade de melhoria do desempenho animal e de redução das emissões de metano entérico. No entanto, a adoção desses sistemas ainda depende de pesquisas sobre alguns fatores que podem influenciar sua eficiência e de testes de tecnologia que demonstrem suas vantagens. Este projeto tem o objetivo de comparar o desempenho de dois tipos de sistemas: 1) sistema silvipastoril, constituído por leguminosas arbóreas e o eucalipto e 2) sistema convencional de pastagem de Brachiaria decumbens em monocultivo. O desempenho dos sistemas está sendo avaliado pelas características do pasto, pela emissão potencial de metano entérico de novilhas mantidas a pasto, pelo consumo de forragem e, principalmente, pelo ganho de peso de novilhas leiteiras, manejadas em regime de pastejo de lotação contínua. O pastejo é realizado por novilhas Holandês x Gir, com peso corporal inicial de 200 kg. Espera-se reduzir os custos de produção das novilhas, na fase de recria, com a aceleração do desenvolvimento ponderal dos animais e redução da idade ao primeiro parto. Os resultados poderão respaldar a recomendação da estratégia de recria de novilhas Holandês x Gir em sistemas silvipastoris, com base em aspectos agronômicos, zootécnicos e ambientais.