Diagnóstico e controle de insetos-praga e fitopatógenos de plantios de eucalipto no Pará e Maranhão.

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: A demanda crescente por plantios de eucalipto pela indústria de celulose fez com que a silvicultura nacional sofresse alterações significativas, no direcionamento dos investimentos feitos nesse setor, especialmente na região Norte. Mato Grosso do Sul, Tocantins e Maranhão são estados onde as áreas plantadas com eucalipto aumentaram nos últimos anos, com reflexos notáveis no planejamento de investimentos em outros estados vizinhos, como o Pará, onde os plantios aumentam a cada ano. Os municípios do sudeste paraense, tidos como de investimento intensivo, são atraentes ao setor produtivo madeireiro e configuram apenas uma parte dos cerca de 20 milhões de hectares de áreas abertas pela pecuária extensiva e agricultura itinerante existentes no Estado. Este considerável passivo pode se tornar uma das novas fronteiras florestais do país, à medida que aumentem os investimentos com pesquisa e planejamento na região. A determinação correta dos híbridos clonais de eucalipto mais apropriados às condições edafoclimáticas do Pará, conforme a finalidade da madeira (p. ex., siderurgia, celulose, painéis etc.) é a principal limitação enfrentada por produtores e empresas do setor madeireiro, que sofrem perdas consideráveis pela inobservância deste fator. Paralelamente, a incidência de agentes bióticos também se mostra limitante em diversas situações, especialmente quando ainda não há estratégias de controle definidas, onde o monitoramento preventivo e sistemático é a estratégia mais recomendada para impedir a disseminação do agente. Proporcionalmente ao aumento da área plantada com eucalipto no Pará e Maranhão, a incidência de insetos-praga é esperada como constante ameaça à produtividade da cultura. Existem 177 espécies de insetos registrados em eucaliptos no Brasil, incluindo espécies introduzidas, sendo a maioria de hábito fitófago ocasional. As espécies desfolhadoras são as de maior importância econômica, destacando-se as formigas cortadeiras, os coleópteros e os lepidópteros, seguidos por espécies que atacam raízes, broqueadores de tronco e sugadores de seiva. Além das espécies-praga já conhecidas, existe a possibilidade de ocorrência de novas interações inseto-planta potencialmente danosas à cultura, sem contabilizar os ataques de fitopatógenos cujos sintomas das doenças não são registrados, identificados e reconhecidos como prejudiciais à cultura. O recente histórico de plantios expres¬sivos de eucalipto na região Norte e a vasta biodiversidade do Bioma Amazônia são fatores que tornam reais essas ameaças e atestam a necessidade de realização de monitoramentos sistemáticos por parte dos silvicultores, para permitir o registro e posterior controle das infestações quando no início. A eucaliptocultura nacional sofreu na primeira década do século XXI o acréscimo de seis novos insetos-praga associados a diversas espécies, sejam de híbridos clonais ou não, de eucalipto. Sérias limitações à produtividade dos plantios já foram relatadas em todas as regiões do Brasil onde algumas dessas novas espécies foram encontradas. O monitoramento regular proporciona informações necessárias para identificar insetos-praga florestais e fitopatógenos potencialmente danosos e sua flutuação populacional, bem como uma base para um sistema de prevenção efetivo. Para tanto, o monitoramento contínuo dos plantios florestais prevê e minimiza ataques de pragas e doenças, além de controlar surtos que, se detectados tardiamente, podem causar danos extensos. Tais pesquisas tendem a se intensificar na região Norte do país, em função do aumento exponencial de projetos que visam a recuperação de áreas degradadas através de reflorestamentos e de plantios florestais comerciais. Esse projeto visa descrever as principais espécies de insetos-praga e fitopatógenos na eucaliptocultura dos Estados do Pará e Maranhão, bem como recomendar as ações necessárias para monitorá-los, controlá-los e evitar sua disseminação.

Ecossistema: Amazônico

Situação: concluído Data de Início: Sat Feb 01 00:00:00 GMT-03:00 2014 Data de Finalização: Tue Jan 31 00:00:00 GMT-03:00 2017

Unidade Lider: Embrapa Amazônia Oriental

Líder de projeto: Alexandre Mehl Lunz

Contato: alexandre.mehl@embrapa.br