Avaliação de riscos climáticos, levantamento, caracterização e monitoramento de recursos naturais, análises socioeconômicas, zoneamentos e avaliação de cenários são exemplos de atividades nas quais a análise de dados geoespaciais é fundamental. Esta análise pode ser vista como uma das etapas de um processo de análise científica que, a partir da formulação de um problema, define um plano de execução, orienta a coleta e integração de dados relevantes, define estratégias de análise e dá suporte para a compreensão de fenômenos naturais ou antrópicos e à tomada de decisões. A operacionalização desse processo na Embrapa, assim como outros processos de armazenamento e análise de dados, precisa ser realizada de forma padronizada para sua análise integrada. Por outro lado, existe um aumento sem precedentes na produção e disponibilidade de dados georreferenciados provenientes da maior quantidade de dispositivos sensores, pela adoção cada vez maior de padrões para representação de dados geoespaciais que viabilizam o seu compartilhamento, e pelo número cada vez maior de dispositivos móveis que viabilizam a coleta georreferenciada dos mais diferentes tipos de dados. A necessidade de tratamento eficiente desta enorme quantidade de dados, produzidos algumas vezes em alta velocidade e com diferentes padrões de qualidade, tem promovido uma mudança no paradigma na construção de aplicações científicas, incentivando o surgimento de novas plataformas e ferramentas caracterizadas pela capacidade de processamento intensivo de dados e escalabilidade dinâmica. Este projeto tem como objetivo dar suporte aos demais projetos da Embrapa na operacionalização otimizada nas diferentes etapas do processamento e análise de dados geoespaciais, incorporando estes novos paradigmas no desenvolvimento de aplicações, por meio da implantação de uma infraestrutura virtual para computação distribuída no domínio geoespacial, capaz de responder a estes novos desafios no tratamento de dados georreferenciados.