Bioindicadores para avaliação da qualidade de solos em diferentes agroecossistemas brasileiros: Fase III: Inovação em estratégias e tabelas de interpretação
Bioindicadores para avaliação da qualidade de solos em diferentes agroecossistemas brasileiros: Fase III: Inovação em estratégias e tabelas de interpretação
Foto: Bastos, Fabiano
Após a fase III do projeto, foi concluída e lançada a Bioanálise de Solo (BioAS), tecnologia que agrega o componente biológico às análises de rotina de solos. Consiste na análise das enzimas arilsulfatase e beta-glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e do carbono, respectivamente. Por estarem relacionadas, direta ou indiretamente, ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo, essas enzimas funcionam como bioindicadores e ajudam a avaliar a saúde dos solos. Para tornar viável a análise, foram desenvolvidas tabelas de interpretação com valores individuais para as duas enzimas. A tecnologia BioAS também envolve o cálculo de Índices de Qualidade de Solo (IQS), com base nas propriedades químicas e biológicas em conjunto (IQSFertbio) e separadamente (IQSBio e IQSQuim). A grande vantagem da BioAS é que as enzimas são mais sensíveis que indicadores químicos e físicos, detectando com maior antecedência alterações que ocorrem na saúde do solo, em função do seu uso e manejo. As duas enzimas selecionadas são altamente correlacionadas com o rendimento de grãos e com a matéria orgânica do solo. Os estudos consideraram a forte relação das enzimas com o rendimento de grãos e com a quantidade de matéria orgânica do solo, o que gerou uma estratégia de interpretação dos parâmetros microbiológicos para que possam ser utilizados no monitoramento da qualidade do solo pelos agricultores. Em seu formato atual, a BioAs está estruturada para atender áreas com cultivos anuais de grãos no Cerrado, o que abrange uma área em torno de 30 milhões de hectares. Essa ferramenta pode ser utilizada como suporte para tomadas de decisão de manejo na propriedade rural e como parte de Índices Agroambientais (IAA) para avaliar a sustentabilidade de sistemas agrícolas. O conhecimento e uso da BioAS pelos agricultores é importante para incentivar agricultores que já adotam sistemas de manejo conservacionistas e para alertar aqueles que usam sistemas de manejo que possam degradar o solo.
Ecossistema: Florestas Semideciduais e Estacionais, Região dos Cerrados
Situação: concluído Data de Início: Mon Feb 01 00:00:00 GMT-03:00 2016 Data de Finalização: Fri Jan 31 00:00:00 GMT-03:00 2020
Unidade Lider: Embrapa Cerrados
Líder de projeto: Ieda de Carvalho Mendes
Contato: ieda.mendes@embrapa.br
Palavras-chave: carbono da biomassa microbiana, enzimas do solo, saude do solo