A batata-doce é uma das principais culturas produzidas no mundo. Além de ser muito produtiva, a cultura é muito rústica, possui ampla adaptação, alta tolerância à seca e baixo custo de produção. Devido à propagação vegetativa, um dos principais fatores associados ao baixo rendimento dessa cultura é a perpetuação de doenças, especialmente viroses. Dada à importância das doenças, diversos países criaram programas de produção certificada de mudas para essa cultura. Na China, a prática da cultura de tecidos para a produção de propágulos de batata-doce livres de doenças resultou em um aumento de 30% na produtividade e de US$ 1,5 bilhão por ano de lucratividade. No Brasil, já foram realizados alguns estudos sobre a comunidade viral em plantas de batata-doce, porém, eles ficaram restritos a algumas regiões e utilizaram técnicas específicas a certos grupos virais. Há demandas de pesquisa para a geração de tecnologias que assegurem a disponibilização de mudas livres de doenças e produtores do Distrito Federal vem notando um decréscimo na produção local provavelmente pela degenerescência das atuais cultivares disponíveis. Pela importância socioeconômica dessa cultura, carência de informações disponíveis e potencial impacto das viroses na sua produção, esse projeto foi elaborado com o objetivo de identificar as principais viroses da batata-doce no Distrito Federal utilizando a técnica de “next generation sequencing” (NGS). A técnica de NGS permite conhecer toda a diversidade de organismos presentes em uma amostra. Essa informação quando interpretada com ferramentas de bioinformática permite a identificação de todos patógenos. Para a realização desse estudo serão coletadas e analisadas amostras de folhas e raízes sintomáticas e assintomáticas de plantas de batata-doce nas principais regiões produtoras do Distrito Federal.