A murcha de fusário é uma das doenças mais importantes do tomateiro, causada por um fungo que possui três raças fisiológicas caracterizadas pela habilidade de infectar e causar doença em um conjunto de variedades diferenciadoras. As raças 1 e 2 predominam na maioria das áreas de produção de tomate no Brasil. A raça 3 é mais restrita e tem sido confirmada causando epidemias em áreas de produção de tomate de mesa nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. Atualmente existe uma maior preocupação com relação à raça 3, devido ao número restrito de cultivares de tomateiro e porta-enxertos resistentes. Além disso, um dos maiores agravantes relacionados aos prejuízos causados por doenças em cultivos de hortaliças é a não adoção de métodos corretos de prevenção e manejo. Dessa forma, a contaminação de novas áreas de produção, somada aos altos níveis populacionais de fungos no solo pelo cultivo intensivo, tem inviabilizado o cultivo de hortaliças em alguns campos. Nesse contexto, o uso de porta-enxertos resistentes aos patógenos e o treinamento de técnicos e produtores é uma das formas mais eficientes para minimizar esses problemas. Sendo assim, os principais objetivos do projeto são: (i) selecionar acessos silvestres de Solanum resistentes à raça 3 do fungo causador da fusariose; (ii) avaliar a compatibilidade dos acessos resistentes ao patógeno com o tomateiro para uso como porta-enxerto; e (iii) executar ações de transferência de tecnologias, visando à capacitação de multiplicadores e produtores rurais para o manejo correto e sustentável de doenças em áreas de produção de hortaliças no Distrito Federal e entorno.