Begomovírus e crinivírus em batateira: epidemiologia molecular e estratégias de manejo
Begomovírus e crinivírus em batateira: epidemiologia molecular e estratégias de manejo
Foto: LANZETTA, Paulo
A batata possui relevada expressão econômica e alimentar em todo o mundo. Diversas doenças atacam a cultura, entretanto, aquelas de origem viral são mais complexas devido à dificuldade de controle. A ocorrência de elevadas populações de mosca-branca biótipo B, em diversas áreas produtoras de batata, propiciou o surgimento de dois grupos de vírus na cultura, os geminivírus e os crinivírus. Esses vírus têm sido detectados com relativa frequência nas lavouras e é motivo de preocupação para os produtores pela ameaça em potencial que representam para a cultura. A infecção de batata por geminivírus foi relatada pela primeira vez nos anos 80, entretanto em baixa incidência. Cerca de 30 anos após esse relato, em 2008, esses vírus surgiram novamente em áreas produtoras, após constatação de elevadas populações da mosca-branca no Brasil, na década de 90. Em 2011, batateiras infectadas com geminivírus foram identificadas em áreas na região central do Brasil e em estados da região Sudeste e Nordeste. Já o registro de crinivírus foi mais recente, em 2012, tendo sido identificado em amostras de São Paulo e Goiás. Além do perigo em potencial que os geminivírus e os crinivírus representam para a cultura, a constatação de que são transmitidos em tubérculos provenientes de plantas infectadas em campo originando, na maioria das vezes, plantas infectadas é preocupante. As características de polifagia, alta taxa de reprodução, elevada capacidade de colonização de diversas espécies de plantas, ampla adaptação às condições climáticas do País, favoreceram a rápida disseminação da praga e, concomitantemente, a emergência de begomovírus e mais recentemente, de crinivírus na cultura. Sendo assim, o projeto objetiva gerar informações que auxiliem no conhecimento do patossistema batata x vírus x mosca-branca, com relação ao monitoramento e à detecção de begomovírus e de crinivírus em amostras vegetais e em mosca-branca. Além disso, pretende a identificação de espécies virais e a determinação de sua abrangência geográfica, bem como a caracterização de isolados, a determinação de perdas causadas por begomovírus, o monitoramento de mosca-branca em campo, a determinação de fontes de inóculo e o manejo da doença. De forma geral, o estudo está centrado na geração de conhecimento que auxiliem no melhor entendimento do patossistema vírus-inseto-batata para, assim, dar suporte à definição das medidas de manejo para o controle.
Situação: concluído Data de Início: Thu Dec 01 00:00:00 GMT-03:00 2016 Data de Finalização: Mon Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2018
Unidade Lider: Embrapa Hortaliças
Líder de projeto: Mirtes Freitas Lima
Contato: mirtes.lima@embrapa.br
Palavras-chave: Solanum tuberosum, begomovírus, crinivírus, mosca branca