O projeto estudou como se dão os processos de dissolução, liberação de nutrientes e geração de cargas em rochas moídas e fez a avaliação química das rochas capazes de liberar nutrientes e gerar de cargas em solos.Para isso, foram coletadas amostras de rocha biotita xisto e biotita sienito. Experimentos em vasos foram realizados sob condições ambientais controladas, nos quais plantas e materiais de rocha foram avaliados por sete ciclos de crescimento sucessivos. As plantas foram recolhidas e o material de rocha e de plantas foi armazenado para análise de seus elementos químicos, mineralógicos e também da capacidade de troca de cátions. Ficou comprovado que os minerais das rochas estudadas liberam nutrientes que são absorvidos pelas plantas, como potássio, cálcio, magnésio, silício, ferro, zinco, manganês e cobre. Os materiais finos de rochas moídas são transformados pela ação das raízes das plantas e geram novos materiais com elevada capacidade de troca de cátions, propriedade de enorme importância em solos altamente intemperizados com baixa capacidade de troca de cátions, uma vez promovem maior retenção de nutrientes na camada superficial do solo. Entendeu-se que todo o processo é todo mediado pela ação das raízes, chamado de biointemperismo. A dissolução dos minerais de biotita promovidos pelas raízes do milho causaram mudançasmineralógicas nos materiais de rocha. Os novos minerais formados foram observados por difração de raio-X. As mudanças mais significativas ocorreram nas frações mais finas, de tamanho argila. Os novos minerais foram responsáveis pelo aumento da capacidade de troca de cátions. Como a maioria dos solos agrícolas do Distrito Federal e entorno tem essa capacidade em baixo nível, a simples aplicação desses materiais traz uma importante contribuição para melhoria de sua qualidade.