Dinâmica e fluxo de gases de efeito estufa em produtos florestais madeireiros
Dinâmica e fluxo de gases de efeito estufa em produtos florestais madeireiros
As concentrações de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera têm aumentado consideravelmente como resultado de atividades antrópicas, como mudanças do uso da terra, atividades agropecuárias e as ações que contemplam a queima de combustíveis fósseis. No Brasil, há uma atuação considerável no esforço global de enfrentamento da mudança do clima, principalmente para o cumprimento dos Acordos Internacionais mediados pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Entre os vários compromissos firmados pelo Brasil está a redução da emissão de GEE e o aumento da remoção por meio de atividades que contribuem para a fixação do carbono. A produção florestal é um dos setores que mais pode contribuir para a redução no balanço negativo de carbono, aumentando os estoques com a expansão das áreas e produtividade dos plantios florestais, bem como estimulando maior produção de bens madeireiros, os quais possuem em torno de 50% de carbono. Entretanto, existe ainda uma ausência de informações desta natureza, apesar do país ser o terceiro maior produtor mundial de madeira industrial, com mais de 146 milhões de m3. A falta dessas informações dificulta a orientação de políticas de incentivo ao uso de produtos madeireiros, assim como a elaboração dos inventários de emissão do país nos quais o Brasil tem reportado que o carbono estocado em produtos florestais em uso e/ou produtos descartados pós-uso é zero, ou seja, não há acumulo de carbono nos produtos florestais produzidos. A maioria dos países signatários da Convenção já considera esse sumidouro em seus inventários. No entanto, para que o Brasil considere esses valores, é necessário que os dados e as informações geradas a respeito sejam transparentes, acessíveis e verificáveis. Para isso são necessários esforços das instituições de pesquisa e empresas florestais para que sejam iniciadas pesquisas, levantamentos, obtenção e consolidação dessas informações. Essa proposta de projeto visa gerar informações sobre a produção florestal brasileira em florestas plantadas, mensurando e determinando a dinâmica e os fluxos de carbono das florestas e de produtos madeireiros, bem como determinando a meia-vida de uso e pós-uso dos principais produtos madeireiros: madeira sólida, painéis de madeira sólida e painéis reconstituídos, além de papel e papelão. Devem ser respondidas as seguintes questões: quais são os estoques de carbono nas florestas plantadas; quais são os estoques de carbono em produtos florestais madeireiros em uso; como são os fluxos de carbono da produção madeireira desde o povoamento até a elaboração de produtos madeireiros; como são os tempos médios de meia-vida desses produtos quando em uso e após o uso, quando são descartados (decomposição) ou então reciclados/reaproveitados. O projeto prevê levantamentos e consolidação de dados sobre área plantada, produção, importação e exportação e destinação de produtos madeireiros com a parceria de instituições e empresa florestais; testes de decomposição em diferentes biomas de 13 produtos florestais mais produzidos no país; e a modelagem dos fluxos de carbono por meio de estudos de casos representativos da produção industrial madeireira desde o povoamento florestal até o produto final gerado. Ao final do projeto espera-se disponibilizar informações sobre os fluxos de carbono na cadeia produtiva de florestas plantadas e que essas informações, além de poderem compor futuros relatórios sobre emissão de gases de efeito estufa do Brasil à Convenção do Clima, também sirvam como apoio e geração de subsídios para o a tomada de decisão e para o incentivo da ampliação da produção florestal no país, assim como de seus produtos, reduzindo-se assim os valores líquidos de emissões do país.
Situação: em execução Data de Início: Sat Jun 01 00:00:00 GMT-03:00 2019 Data de Finalização: Sun Jun 29 00:00:00 GMT-03:00 2025
Unidade Lider: Embrapa Florestas
Líder de projeto: Luiz Marcelo Brum Rossi
Contato: marcelo.rossi@embrapa.br