No Pantanal, a capacidade de suporte em diferentes tipos de pastagens nativas tem diminuído nos últimos anos,principalmente devido à invasão de espécies lenhosas nativas, causando prejuízos ao setor pecuário na região. Numdiagnóstico realizado com produtores do Pantanal, as espécies mais citadas como as principais invasoras de campos nativos foram: o pombeiro (Combretum spp.), o cambará (Vochysia divergens) e a canjiqueira (Byrsonima cydoniifolia). Os pantaneiros desenvolveram empiricamente práticas de manejo para essas espécies. No entanto, não existem experimentos científicos de controle dessas espécies que possam embasar a definição de um manejo sustentável, sendo essa uma importante demanda dos produtores da região. No caso do cambará, também não se tem uma normativa específica para o manejo florestal, como ocorrem em outros biomas, como é o caso das florestas da Amazônia e da Caatinga, evidenciando também a necessidade de informações técnicas como apoio para a legislação estadual. Assim, o objetivo geral é estabelecer critérios para o manejo sustentável de espécies lenhosas nativas que invadem as pastagens nativas no Pantanal visando a recuperação da capacidade de suporte dessas áreas. O projeto prevê três soluções para inovação na busca de critérios para o manejo de cada uma das espécies a serem estudadas (cambará, canjiqueira e pombeiro). Os resultados esperados são quatro processos agropecuários para o manejo das espécies invasoras estudadas (dois com TRL 3 e dois com TRL 5); dois produtos/insumos agropecuários ou industriais referentes ao aproveitamento potencial dos resíduos do manejo (TRL 3), um aplicativo para cliente externo para auxiliar na tomada de decisão do manejo da canjiqueira (TRL 5), além de informações técnicas como subsídio às políticas públicas.