De acordo com dados do IPCC (2007), a agricultura é considerada um dos setores da economia que mais contribui para as emissões de gases de efeito estufa. Na agricultura, os adubos nitrogenados convencionais são os mais utilizados e sofrem perdas de nitrogênio muito rapidamente devido à decomposição de seus elementos. A baixa eficiência em geral dos fertilizantes nitrogenados, além de acarretar perda técnica e econômica, contribui para o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, por meio da liberação de óxido nitroso (N2O), gás que com efeito quase 300 vezes superior ao gás carbônico (CO2) na camada de ozônio.Por outro lado, os adubos de liberação lenta de nitrogênio (N), apesar de eficientes, possuem alto custo de produção. Nesse contexto, novas tecnologias de produção de fertilizantes, podem contribuir para a redução destes problemas. Assim, o uso biocarvão pode ser uma alternativa para elaboração de fertilizantes organominerais nitrogenados (FOM-N) de liberação lenta. Neste cenário, nosso objetivo é desenvolver um fertilizante organomineral nitrogenado à base de biocarvão, verificando o impacto nas emissões de N2O e desempenho agronômico em pastagens e milho, com intuito de criar perspectivas de aplicação industrial.