Foi por reconhecer a crescente demanda do público urbano por conhecimentos voltados para a agricultura urbana que a Embrapa Agrobiologia estruturou este projeto, com o objetivo de desenvolver e adaptar tecnologias e capacitar produtores, a fim de potencializar esse tipo de agricultura no Rio de Janeiro, como um fator de promoção de segurança e soberania alimentar das populações dessas áreas. O projeto foi desenvolvido em parceria com a associação Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA), com a Universidade Rural do Rio de Janeiro e com a Embrapa Agroindústria de Alimentos.
O tema da agricultura urbana mostrou-se oportuno, uma vez que, até 2025, a estimativa era de que mais da metade da população mundial estivesse concentrada nas cidades, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO-ONU). O Rio de Janeiro tem a segunda maior região metropolitana do Brasil, com uma população aproximada de 13 milhões de habitantes, possuindo diversos remanescentes agrícolas onde são cultivadas fruteiras, lavouras brancas, plantas medicinais e temperos. No entanto, a agricultura urbana possui muitas limitações nos aspectos sociais, políticos, ambientais, econômicos e técnicos, tendo particularidades que nem sempre são solucionadas pela aplicação de tecnologias utilizadas na agricultura familiar.
Tendo isso em vista, este projeto buscou meios para solucionar limitações relacionadas à construção e ao manejo da fertilidade do solo e substratos, ao manejo da água utilizada na irrigação e à criação de sistemas de cultivo biodiversos, que possibilitem a máxima eficiência econômica produtiva e econômica.