A produção de palmito de extrativismo no Brasil, nos anos 1976, era superior a 200 mil toneladas. Quase quarenta anos depois, esse número caiu para a metade. Concomitantemente, no mesmo período, as lavouras produtoras de palmito, principalmente a bactricultura ou cultivo da pupunha (Bactris gasipaes), cresceram para 310 mil toneladas, com destaque para as regiões centro-oeste, nordeste, sudeste e sul.
A pupunha apresenta as vantagens de longevidade e precocidade, produzindo, a partir de 18 meses, perfilhamento que aumenta a produção por touceira. Porém, apresenta grande variação de produção entre touceiras, em níveis limitados, produzindo, em média, 1 kg por touceira, anualmente, e somente 1/3 das plantas entram em corte no 1º ano.
Visando à produção de genótipos mais uniformes e produtivos, este projeto pretende dar continuidade ao programa iniciado pela Embrapa, em 2004 (REDEPALM - Rede de Melhoramento de Pupunha para Palmito) em diferentes regiões brasileiras. Este estudo objetiva disponibilizar cultivares, desenvolver genótipos e pesquisas pós-melhoramento de pupunha para palmito. Como principais resultados, citam-se cultivares registradas, clones com alta capacidade embriogênica e método para propagação por perfilhos, que impactarão, a médio prazo, no aumento de produtividade de plantios de pupunha para palmito e, a longo prazo, no estabelecimento de plantios clonais altamente produtivos e uniformes.