O leite é uma substância complexa e que apresenta diferentes características conforme o manejo do animal entre outros fatores. O teste típico usado nos locais de coleta é o do álcool/alizarol, que muitas vezes gera divergências entre a indústria e os produtores por causa de resultados falhos e subjetividades. Testes mais apurados só são realizados em laboratórios quando o leite chega na indústria. Um problema muito crítico é a ocorrência do Leite Instável Não Ácido (LINA), por apresentar alterações nas propriedades físico-químicas do leite. O LINA é descartado, ficando o prejuízo para os produtores e consumidores. Para minimizar os problemas de confiança e melhorar a qualidade do leite, pensou-se em um instrumento portátil, rápido nos resultados, fácil manuseio tanto no campo (caminhão de coleta) quanto no laboratório ou instalado nos tanques de resfriamento (laticínios, cooperativas, produtores), que fornecesse informações sobre estado do leite cru. Um protótipo desenvolvido na Embrapa Instrumentação, sob testes preliminares, forneceu resultados quanto a detecção de várias situações encontradas no leite, como: instabilidade do leite durante o armazenamento, degradação ao longo do tempo, acidificação, traços de casos de mastite subclínica e clinica, e outros. Porém, para se tornar um equipamento que possa ser transferido à iniciativa privada e alcançar o mercado é necessário a sua validação e da metodologia. Assim, o projeto tem como objetivo principal a validação do instrumento cuja finalidade é de monitorar a qualidade do leite cru nos locais de produção e coleta. Para esta validação foram envolvidas as Unidades que têm laboratório credenciado para análise de leite, Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora – MG) e Embrapa Clima Temperado (Pelotas – RS).