Os custos de produção das safras de soja e algodão têm sido uma das preocupações dos produtores mato-grossenses, apresentando-se como o maior da história. Para a soja, o custo ponderado total até junho da safra 2015/16 foi de R$ 2.882,94/ha, está 17% superior ao da safra 2015/15. O custo médio de fungicidas por hectare foi de R$ 160,31 e para a safra 2015/2016 projeta-se um custo de R$ 210,37 por ha. Para a cultura do algodoeiro, o custo de produção do algodão por ha na safra de 2014/2015 foi de R$ 4.458,20, o custo com fungicidas foi de R$ 284,94. A previsão de custos com fungicidas para a safra 2015/2016 será de R$ 348,84. Os fungicidas utilizados hoje na cultura da soja e do algodão, para o controle de doenças, pertencem aos grupos: inibidores da desmetilação; inibidores da quinona oxidase; inibidores da succinato desidrogenase e metil benzimidazol carbamato. Dentre as doenças que ocorrem as culturas de soja e algodão, algumas vêm se destacando, devido ao aumento de incidência, severidade e insensibilidade aos fungicidas ao passar dos anos, como mancha alvo (Corynespora cassiicola) nas duas culturas e antracnose (Colletotrichum truncatum) na cultura da soja. Há a necessidade de um acompanhamento, ano a ano, do o surgimento de isolados, desses patógenos, com resistência aos fungicidas utilizados na cultura da soja, algodão e milho, uma vez que, é rotineiro o uso dos mesmos princípios ativos, para o manejo de doenças nessas culturas. Para esse acompanhamento sistemático, é necessário que o método de determinação da sensibilidade de C. cassicola e C. truncatum a fungicidas, seja preciso, rápido e demandar pouco material de consumo. O método de crescimento micelial in vitro apresenta essas qualidades, assim o presente trabalho tem como objetivo determinar a resistência a fungicidas, de isolados de Corynespora cassiicola e Colletotrichum truncatum oriundos das culturas da soja e algodão, do estado de Mato Grosso, utilizando a técnica de crescimento micelial in vitro, em rotina laboratorial.