O tambaqui (Colossoma macropomum) é a principal espécie nativa criada no Brasil. Em criação intensiva com o uso de aeradores, é possível alcançar produção de até 18 toneladas/hectare de tambaquis, em 10 meses de cultivo, com peixes pesando aproximadamente 2,5 kg na despesca final. Entretanto, em razão da intensificação dos sistemas produtivos sobressaltam entraves relacionados à ocorrência de doenças parasitárias ( principalmente ocasionadas pelo acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae e pelo protozoário Piscinoodinium pillulare) vêm chamando a atenção dos piscicultores em razão das altas infecções/infestações registradas na região da Amazônia brasileira. A alta infecção por acantocéfalos é responsável pela oclusão parcial e total do trato intestinal, prejudicando a capacidade de absorção e competindo diretamente com o alimento ingerido. Os peixes têm seu crescimento comprometido pela parasitose e tornam-se mais susceptíveis aos manejos comuns de uma produção aquícola. Estas parasitoses são responsáveis por um fator silencioso da redução de produtividade e mortalidade de peixes nas criações.

Diante desta problemática, o presente projeto teve seus objetivos voltados para desenvolver bases técnico-científicas para o controle das doenças parasitárias causadas pelo acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae e pelo protozoário Piscinoodinium pillulare em cultivos de tambaqui (Colossoma macropomum), espécie de peixe que apresenta grande importância econômica em várias regiões do Brasil.