A produção de peixes vem apresentando uma maior taxa de crescimento em relação a outros produtos de origem animal. Isso é devido ao aumento no consumo de pescado pela população e como a pesca atingiu seu limite máximo, a única forma de suprir a crescente demanda é através da piscicultura.

Portanto, tecnologias devem ser desenvolvidas visando um maior desempenho dos animais e melhores condições sanitárias, pois os cultivos comerciais trabalham com densidades mais elevadas que as encontradas na natureza, facilitando a disseminação de parasitos e doenças. Uma alternativa pode ser o uso de produtos que apresentem sinergismo, efeito antiparasitário e que apresente valor nutricional.

Embora existam poucas pesquisas, algumas fontes de tanino têm sido utilizadas experimentalmente como anti-helmíntico e como fonte de alimento. Taninos são grandes moléculas de origem vegetal e considerado princípio ativo de diversos extratos vegetais. O grande desafio é adequar o nível de inclusão nas dietas, de forma que possa promover efeitos benéficos antiparasitários sem produzir alterações prejudiciais na digestibilidade de nutrientes. Sendo assim, esta pesquisa avaliou dois tipos de tanino (hidrolisável e condensado) em três concentrações (baixa, intermediária e alta) para controle de helmintos parasitas de tambaqui (acantocéfalos e monogeneas), assim como avaliou o desempenho zootécnico do tambaqui, espécie nativa mais cultivada no Brasil.