A lignina é uma macromolécula fenólica altamente ramificada que compõe a matriz estrutural das paredes celulares das plantas em conjunto com a celulose e hemicelulose. A abundância, heterogeneidade estrutural, composição fenólica e o alto peso molecular são características que tornam a lignina fonte atrativa para ser usada como matéria-prima em processos de obtenção de produtos de valor agregado. A equipe de pesquisa da Embrapa Agroenergia tem trabalhado na desconstrução da lignina tanto por rota química como bioquímica. A modificação de lignina utilizando enzimas ligninolíticas tem se intensificado nos últimos anos, na tentativa de buscar uma rota mais barata e sustentável. Deste modo, o presente projeto tem como objetivo a utilização de duas rotas oxidativas (enzimática e química) para conversão da lignina em diácidos. Os rendimentos de diácidos obtidos por cada uma destas rotas serão comparados de forma a buscar processos mais sustentáveis e economicamente viáveis.