Melhoramento Genético do Cajueiro - Fase V.
Melhoramento Genético do Cajueiro - Fase V.
O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é cultivado em 11 estados brasileiros, sendo 91,9% da área apenas nos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Apesar da castanha ser o principal produto comercial, o pedúnculo representa, hoje, importante fator na viabilização da cultura, pela agregação de valor. São cultivados os tipos anão e comum, sendo que o último ainda representa a maior área, apesar da preferência pelo cajueiro-anão, que vem tendo sua participação aumentada a cada ano. O cajueiro-comum é atualmente utilizado mais como fonte de alelos, considerando-se as dificuldades de manejo e a ausência de vantagens sobre o tipo anão. O programa de melhoramento genético do cajueiro (PMGC) contribuiu de modo decisivo para a sobrevivência e modernização da cajucultura, tendo disponibilizado 12 cultivares e atendendo a diversas regiões e finalidades. Com a possibilidade de manejo das plantas, em função da redução do porte, ampliou-se a utilização do pseudofruto, agregando, aos poucos, renda à produção. Atualmente, o ‘BRS 226’ é, hoje, o mais plantado no Piauí em função da resistência à resinose, e tem se adaptado bem a outros ambientes. Resultados importantes também têm sido obtidos em relação à tolerância a doenças, pragas e qualidade da amêndoa e pedúnculo. Considerando o dinamismo e a evolução do agronegócio caju, o desenvolvimento de novos produtos e o surgimento de entraves (novas demandas) ao sistema produtivo, a Fase V do PMGC propõe, como objetivo geral, desenvolver cultivares de cajueiro, com o auxílio de ferramentas de biotecnologia, que possuam adaptação ampla ou específica às principais regiões produtoras (CE, RN e PI), elevada produtividade de castanhas, tolerância/resistência às principais pragas e doenças e melhores qualidades de amêndoa e pedúnculo. Assim, soluções de inovação (SI) visando ao desenvolvimento de cultivares exigem a integração de um conjunto de linhas de pesquisa ancoradas pelo melhoramento genético, justificando a necessidade da continuidade do programa. Essa continuidade prevê “ativos de Inovação” do tipo “cultivares” de cajueiro, em várias etapas de TRL, além de avanços dos conhecimentos necessários à obtenção dos mesmos, de modo mais eficiente e rápido. Está previsto o lançamento de, pelo menos, uma nova cultivar de cajueiro para a região serrana do RN e uma para o litoral do CE, com elevadas produtividades e destinadas ao aproveitamento tanto da castanha quanto do pedúnculo. Para assegurar o alcance dos resultados e fortalecer a base para o futuro, o projeto propõe ações de suporte como: enriquecimento e caracterização do germoplasma para ampliação da base genética; formação de coleções nuclear e temáticas para caracteres de interesse; implementação da seleção assistida por marcadores (seleção genômica ampla e mapeamento de QTLs); uso de marcadores químicos, entre outros. Além disso, deverá ser dada sequência à avaliação de novos genótipos com propriedades da castanha/pedúnculo diferenciadas (elevado rendimento de amêndoas e maior facilidade de despeliculagem). O projeto possui caráter multidisciplinar, interdisciplinar e interinstitucional, apresentando quatro SI integradas e focadas em temas críticos.
Situação: em execução Data de Início: Mon Jun 01 00:00:00 GMT-03:00 2020 Data de Finalização: Sat May 31 00:00:00 GMT-03:00 2025
Unidade Lider: Embrapa Agroindústria Tropical
Líder de projeto: Dheyne Silva Melo
Contato: dheyne.melo@embrapa.br