Desenvolvimento e validação de ferramentas de proteção inteligente para o manejo de doenças de culturas anuais, com ênfase em doenças radiculares e viroses

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A intensificação do plantio de feijão, soja e algodão trouxe um aumento nas pragas e doenças radiculares dessas culturas, como mofo branco, podridões radiculares, nematoides e viroses transmitidas pela mosca branca. Esses problemas fitossanitários não são controlados facilmente com métodos tradicionais, o que aumenta o uso de pesticidas, que nem sempre são eficazes.É possível manejar pragas e doenças em sistemas de produção intensiva com métodos integrados, mas há desafios complexos, como variáveis ambientais, persistência de patógenos no solo, resistência a pesticidas e resultados inconsistentes do controle químico e biológico, além de custos elevados e impacto ambiental. Mais ainda, os sistemas de produção de grãos e fibras estão mudando com a adoção de cultivares transgênicas, ciclos mais curtos e rotação com plantas de cobertura em Sistema Plantio Direto, além de vazios sanitários.A pressão de doenças e pragas em áreas com duas a quatro safras anuais, em sequeiro ou irrigação, aumenta a dependência dos produtores pelo controle químico. A falta de informações sobre sustentabilidade e defesa vegetal afeta até mesmo a Embrapa e suas parceiras. Atualmente, há demandas importantes como: monitorar a dinâmica de pragas e doenças diante de variáveis ambientais e eventos como o fenômeno El Niño; monitorar a distribuição irregular de patógenos no solo e manejar doenças radiculares; antecipar o diagnóstico e a tomada de decisões de manejo de doenças com o uso de sensores.Há uma dependência clara do uso de fungicidas e inseticidas para o manejo de doenças e pragas, que pode ser reduzida com métodos de aplicação em taxa variável e prognóstico de doenças com base no monitoramento de variáveis climáticas e índices de vegetação como o NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada). Essas demandas impactam diretamente a tomada de decisões de agricultores e técnicos, e podem ser abordadas com inovações tecnológicas que conciliem rentabilidade, segurança alimentar e menor impacto ambiental.Devido à complexidade dos problemas, é necessário investigar o assunto de forma interdisciplinar e com ações de pesquisa transversais. A equipe multidisciplinar desta proposta reúne pesquisadores e analistas da Embrapa, além de docentes da Universidade Federal de Goiás e Instituto Federal Goiano. A participação da iniciativa privada é importante para a coleta de amostras, apoio aos ensaios e difusão de tecnologias, com o apoio do grupo de consultores GTEC-Feijão.O objetivo geral do projeto é desenvolver e disponibilizar inovações tecnológicas para o manejo sustentável de pragas e doenças em feijão, soja e algodão, contribuindo para a agricultura do futuro. Os resultados esperados incluem metodologias, protótipos e recomendações técnicas que atinjam avanços para superar gargalos tecnológicos atuais que causam perdas de produtividade e uso indiscriminado de agrotóxicos. Os resultados tecnológicos incluem sistemas online de prognóstico de doenças do feijão, reconhecimento precoce de infecções por meio de assinatura espectral, diagnóstico de doenças por drones/VANTs ou sensoriamento remoto, orientações para otimização da agricultura de precisão visando a redução de problemas fitossanitários, um aplicativo de smartphone para apoio ao diagnóstico de doenças, orientação ao uso de pesticidas com base em pulverizações de precisão em taxa dirigida, e a adoção de ferramentas georreferenciadas para suporte ao manejo. Esse conjunto de inovações deve impulsionar a adoção de novas tecnologias por produtores e empresas de prestação de serviços.

Situação: concluído Data de Início: Thu Oct 01 00:00:00 GMT-03:00 2020 Data de Finalização: Mon Sep 30 00:00:00 GMT-03:00 2024

Unidade Lider: Embrapa Arroz e Feijão

Líder de projeto: Murillo Lobo Junior

Contato: murillo.lobo@embrapa.br