A alface é a hortaliça folhosa mais produzida e consumida no Brasil, sendo que no Distrito Federal é a hortaliça que ocupa o primeiro lugar em área plantada e a segundo em volume de produção. A queima-de-saia, atribuída ao fungo Rhizoctonia solani, é uma das principais doenças da cultura no DF. Entretanto, têm-se observado que a doença é de etiologia complexa, sendo causada por R. solani e também por espécies de Pythium. Essa doença ocorre em todos os tipos de alface, causando maiores problemas em condições de alta temperatura e solos muito úmidos. Não há dados sobre as perdas provocadas por essa doença em lavouras de alface no Brasil e no DF. Entretanto, têm-se observado alta incidência, principalmente nos verões quentes e chuvosos. A maioria das plantas de alface atacadas não serve para ser colhida. Para o controle adequado da doença é importante levantar a incidência em lavouras do DF, determinar corretamente a sua etiologia, estimar a prevalência dos agentes causais nas diferentes regiões produtoras e testar a sensibilidade dos patógenos a fungicidas. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo estudar a incidência e a etiologia da queima-de-saia da alface no Distrito Federal, bem como estimar a prevalência de cada agente causal da doença e sua sensibilidade a produtos químicos. Os objetivos específicos são: a) determinar a incidência de queima-de-saia em plantios comerciais de alface nos principais núcleos rurais produtores do Distrito Federal; b) identificar e caracterizar as espécies de patógenos causadores de queima-de-saia de alface no Distrito Federal; c) determinar o potencial patogênico de isolados de Rhizoctonia e Pythium obtidos de alface a três cultivares de alface; d) determinar a prevalência dos agentes causais da queima-de-saia da alface nos principais núcleos rurais produtores; e) avaliar a sensibilidade de isolados de Rhizoctonia ao fungicida pencicurom e de isolados de Pythium spp. ao fungicida mefenoxam.