O agronegócio brasileiro correspondeu a 21,4% do PIB, no ano de 2019, com incremento de 1,89% em relação ao ano anterior. A alta produtividade da agricultura brasileira é conseguida pelo uso intensivo de insumos agrícolas, como os fertilizantes sintéticos. Dito isto, o desenvolvimento de tecnologias de base biológica, pela utilização de microrganismos promotores de crescimento, apresenta-se como alternativa viável, pois aumentam a sustentabilidade ambiental e econômica de nossos sistemas produtivos. Esta premissa está alinhada ao Plano Nacional de Bioinsumos, recém-lançado pelo MAPA, e é estratégica para o cultivo de frutíferas, como a banana, uma vez que é altamente cultivada e consumida no país, e muito exigente em adubação. Vale ressaltar que como as demais culturas frutíferas, a bananeira carece de produtos biológicos desenvolvidos especificamente para a promoção de seu desenvolvimento. Portanto, a proposta tem como objetivo incorporar microrganismos multifuncionais ao sistema produtivo de bananeira, otimizando a utilização dos adubos nitrogenados e fosfatados adicionados ao solo pela cultura. A proposta está estruturada em duas soluções tecnológicas: microrganismos multifuncionais eficientes na promoção do crescimento de mudas micropropagadas de bananeira durante a fase de aclimatização e microrganismos multifuncionais eficientes para potencializar a adubação, para cultivo de bananeiras. As soluções são baseadas em linhas de pesquisa consolidadas em cinco Unidades da Embrapa: Agroindústria Tropical, Agrobiologia, Milho e Sorgo, Mandioca e Fruticultura, Semiárido, a Universidade Federal do Ceará (UFC) e Instituto Federal do Ceará (IFCE). Esta proposta visa fortalecer o sistema de produção da banana, por selecionar novos ativos e/ou insumos biológicos eficientes para a promoção de crescimento e facilitadores do uso dos adubos sintéticos.