O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é cultivado em 433 mil hectares no Brasil, sendo a terceira frutífera mais plantada, logo após a laranja e a banana. Cultivado predominantemente no Nordeste, apresenta importância fundamental na geração de empregos e renda no sertão semiárido. A disponibilização de clones de cajueiro pela Embrapa Agroindústria Tropical, em especial os de porte anão, mais precoces e produtivos que o tipo comum (“pé franco”), promoveu uma grande revolução no setor caracterizado pela substituição de pomares antigos e improdutivos (do tipo comum) por pomares novos com plantas homogêneas e produtivas. Diante dos novos canais de comunicação como lives em redes sociais, grupos sobre cajucultura em aplicativos, eventos e visitas às propriedades pelas equipes da Embrapa, foram elencadas as dificuldades atuais na cadeia: pomares sem alcance das produtividades potenciais e alta perda de cajus e de qualidade após a colheita. A equipe de pesquisa diagnosticou que tais problemas estão relacionados aos entraves nas recomendações existentes, pois, ainda hoje, parte delas foram obtidas com o cajueiro-comum e também de adaptações de outras frutíferas. Para atender essas demandas, a proposta está estruturada em três Soluções para a Inovação (SI): Estratégias de manejo do solo, nutrientes e planta para aumento da eficiência de produção de cajueiro-anão em sistema de sequeiro; Manejo eficiente da irrigação e fertirrigação na cultura do cajueiro-anão; e Redução das perdas pós-colheita do caju CCP 76. O projeto é liderado pela Embrapa Agroindústria Tropical, com participação da Embrapa Meio-Norte e da Embrapa Caprinos e Ovinos. Ademais, a equipe também conta com a colaboração de especialistas da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual Paulista. Agrônomos e técnicos de empresas públicas e privadas de extensão rural também fazem parte da equipe de cajucultura liderada pela Embrapa na região Nordeste.