O projeto visa a redução de custos de produção e riscos na agropecuária, utilizando o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) com espécies como soja, milho, braquiárias, eucalipto e gado de corte. O sistema ILPF é mais estável frente a variações de preços em comparação a cultivos exclusivos, mas há necessidade de incluir mais opções de espécies para melhorar a fertilidade do solo, especialmente em áreas onde a soja não é economicamente viável.

A equipe, composta por técnicos da Embrapa, Unesp-Botucatu, Esalq e Cati-SAA-SP, pretende identificar espécies forrageiras lenhosas, como Cajanus cajan, Leucaena leucocephala, Vigna unguiculata e Tithonia diversifolia, para diversificar a oferta de alimentos em sistemas ILPF. Este novo conjunto de espécies será chamado de Sistema Agroflorestal Forrageiro (SAF Forrageiro), implementado nas linhas de braquiária já existentes entre os renques de eucalipto.

O projeto será realizado na Unidade de Referência Tecnológica ILPF Sítio Nelson Guerreiro em Brotas-SP, que foi implantada em 2009 e está em constante evolução técnica. A ILPF ocupa 65% da área cultivável da propriedade, incluindo pastagens, milho, feijão e eucalipto dispostos em linhas duplas. Espera-se que, ao final do primeiro ano, sejam obtidos dados sobre a produção de matéria seca e participação da biomassa das novas espécies, além dos custos de implantação. Ao final de três anos, o projeto buscará recomendar práticas do SAF Forrageiro, avaliar a relação benefício-custo de sua implantação e os impactos socioambientais decorrentes da adoção do ILPF.

Os resultados contribuirão para a política pública do Plano ABC e serão disseminados por meio de eventos de transferência de tecnologia, publicações técnicas e científicas. O objetivo geral é estabelecer um sistema ILPF diversificado com espécies forrageiras alternativas e analisar seus impactos na propriedade rural.