Dentre os insetos de importância econômica na cotonicultura brasileira o bicudo do algodoeiro se destaca como um dos insetos mais prejudiciais pelo alto potencial de causar dano e pelo difícil controle. Como regra geral, para evitar problemas de pragas na lavoura, o produtor rural tem aplicado os agrotóxicos, de forma intensiva, por ser considerada uma tática eficiente, apesar dos efeitos indesejáveis, a exemplo da resistência dos insetos-praga aos agroquímicos, surtos de pragas secundárias ou emergentes, além da eliminação de inimigos naturais. Entretanto, quando são desprezados os princípios básicos do manejo integrado de pragas (MIP), o controle químico é utilizado de forma equivocada, desconsiderando a densidade populacional dos insetos na lavoura e fazendo uso de aplicações de produtos químicos por meio de calendário, o que acarreta no aumento dos custos de produção. A utilização de plantas Bt tem favorecido o surgimento de pragas secundárias nos últimos anos, e com isso o aumento do uso de agroquímicos. Outro problema maior que tem se verificado é a perda de efetividade de plantas Bt. Este projeto visa aprimorar estratégias de controle biológico para o estabelecimento de programas sustentáveis de manejo integrado de pragas (MIP) do algodoeiro e, especificamente, desenvolver protocolos de produção e de controle de qualidade de inimigos naturais de pragas-chave do algodoeiro, além de desenvolver e identificar estratégias para potencializar o manejo de insetos-praga do algodoeiro.