Esse projeto faz parte das reivindicações das lideranças de diversas comunidades indígenas e quilombolas no Maranhão e Piauí, que vivem em insegurança alimentar e vulnerabilidade de trabalho, em função do isolamento social e pandemia do covid 19. O milho representa um alimento importante para essas famílias, principalmente na forma de milho verde para consumo. A produção de milho verde é uma das atividades produtivas no “Sisteminha” que proporciona alimento e, se desejado, renda ao produtor familiar ao ser facilmente comercializado. Para esse cultivo são utilizadas variedades tradicionais segundo as preferências e costumes locais que nem sempre são as mais produtivas pese o seu alto nível de adaptação particular. O plantio escalonado em pequena área, permite às famílias obter milho verde durante todo o ano para autoconsumo. A implantação deste modelo de produção, também beneficia o meio ambiente, uma vez que a mesma área é utilizada com rodízio permanente dos vegetais produzidos evitando as queimadas na formação das “roças de toco”. O mais importante é o equilíbrio alcançado pelos beneficiários na segurança alimentar e geração de renda com a possível venda do excedente, o que garante a sustentabilidade. Aumentar o acesso a alimentos diversificados com qualidade nutritiva, pelas famílias é de grande potencial para a redução das desigualdades sociais, beneficiando principalmente as mulheres responsáveis diretamente pelo fornecimento da alimentação familiar. O projeto permitirá avaliar o aproveitamento de resíduos vegetais na formação de composto e húmus de minhoca e a produtividade de variedades de milho industrial e caboclo, com manejo orientado para a tecnologia social do Sisteminha Embrapa UFU Fapemig, para produção integrada de alimentos, seguido da capacitação de pelo menos 500 famílias em vulnerabilidade alimentar.