O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes nitrogenados no mundo, com 4,3 milhões de toneladas entregues ao consumidor final em 2018. Deste total, 87% foram importadas. No entanto, estudos revelam que culturas como milho e feijão-comum aproveitam menos de 50% do nitrogênio presente nos fertilizantes. Isso se deve, em grande parte, às perdas por volatilização de amônia (NH3) da ureia, o que reduz a eficiência agronômica dos fertilizantes e contribui, indiretamente, para as emissões de óxido nitroso (N2O).Diante desse cenário, aumentar o aproveitamento do nitrogênio é um grande desafio para o Brasil. Há um crescente interesse no uso de fertilizantes nitrogenados mais eficientes, tanto por questões econômicas quanto pela necessidade de atender a um mercado consumidor cada vez mais exigente em termos de sustentabilidade.O objetivo deste projeto é identificar fertilizantes nitrogenados que, a longo prazo, apresentem altos índices de desempenho agronômico, econômico e de impacto ambiental. A meta é promover aumentos sustentáveis na produtividade, aprimorando a recomendação de adubação para os sistemas de produção de milho e feijão-comum nas condições do Cerrado.Desde a safra 2013/14, o estudo de campo e seus tratamentos são mantidos no mesmo local. Isso proporciona uma oportunidade única para explorar melhor o efeito residual e acumulado dos fertilizantes nitrogenados, bem como os impactos das perdas de nitrogênio na sustentabilidade do sistema de produção.O projeto também almeja recomendar fertilizantes nitrogenados mais eficientes e sustentáveis para a adubação de manutenção das culturas de milho e feijão-comum em sistema de plantio direto no Cerrado. Essa recomendação considerará o aumento da produtividade, as perdas por volatilização de amônia, as emissões de N2O, a manutenção da qualidade do solo e a rentabilidade.O impacto esperado é o aumento da eficiência da adubação nitrogenada nos sistemas de produção, com reflexos positivos nos aspectos agronômicos, econômicos e ambientais.