A importância dos bioinsumos como ferramenta tecnológica para o desenvolvimento foi abalizada recentemente pelo Ministério da Agricultura, que estabeleceu Programa Nacional de Desenvolvimento e Uso de Bioinsumos. O maior referencial dentre os bioinsumos é a inoculação de leguminosas com bactérias capazes de fixar biológicamente o Nitrogênio atmosférico (Embrapa Agrobiologia, 2021), mas há muitas outras oportunidades do emprego de macro e microorganismos, bem como compostos químicos e enzimas produzidos por esses ou por plantas e algas.Dentre os bioinsumos, destacam-se os fitormônios. Em projeto cooperativo entre a Embrapa Agroenergia e a empresa Dimiagro Fertilizantes, com apoio da Embrapii e Sebrae, finalizado em 2021, foi demonstrado que se pode obter altas concentrações de fitormônios chaves para o desenvolvimento e defesa de plantas na cianobactéria da biodiversidade brasileira. Estudos preliminares em casa de vegetação demonstraram contribuição positiva dos extratos da cianobactéria para a soja. Esta proposta contempla a continuação dos estudos, visando o desenvolvimento de um sistema padrão de produção de biomassa da cianobactéria e seus bioinsumos em escala industrial, seguido da formulação e validação de um biofertilizante foliar para soja. Objetivamente, propõe-se produzir um biofertilizante a partir da biodiversidade brasileira capaz de substituir formulações baseadas em extratos importados.