Modelo integrado de produção de pescado, banana, açaí e outras culturas agrícolas visando segurança alimentar e incremento de renda de uma aldeia Xerente em Tocantínia, TO
Modelo integrado de produção de pescado, banana, açaí e outras culturas agrícolas visando segurança alimentar e incremento de renda de uma aldeia Xerente em Tocantínia, TO
Os indígenas Xerentes, junto com os Xavantes e os Xakriabá, são classificados como Jê Centrais. Seu território engloba as terras indígenas Xerente e Funil, que somam mais de 180 mil hectares e localizam-se nas proximidades de Tocantínia, cidade na região Central do Tocantins que fica a cerca de 70 Km da capital Palmas.
Os meios de subsistência do povo Akwe Xerente são os animais, as frutas do Cerrado e a pesca. No entanto, esses recursos têm sido reduzidos pela incidência de incêndios florestais e pelo impacto da Usina Hidrelétrica Luis Eduardo Magalhães, influenciando a segurança alimentar da aldeia, principalmente pela redução de carne oriunda da caça e da pesca.
Estudos recentes verificaram que a proximidade com a sociedade envolvente influencia a alimentação dos indígenas da etnia Akwe Xerente, promovendo aumento do consumo de alimentos processados. Esse fato foi relacionado ao abandono das práticas alimentares tradicionais, assim como à redução do seu plantio por influência do modelo de desenvolvimento do estado. A situação é preocupante, já que todos os ritos desse povo apresentam alimento em seu contexto.
Diante desse cenário, a Embrapa Pesca e Aquicultura foi procurada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), solicitando tecnologias que promovam segurança alimentar para o povo Xerente. As ações deste projeto pretendem complementar uma proposta já existente a partir da validação de um modelo de produção que integra piscicultura e culturas agrícolas como banana, açaí, mandioca, batata doce, feijão andu e arroz.
Os focos são garantir a segurança alimentar, a partir de alimentos tradicionalmente utilizados por esse povo, e gerar excedente de produção e renda para garantir a manutenção do processo produtivo. Para isso, serão escavados três viveiros, com área de lâmina d’água de 320 m³, com fundo cônico e recobertos de geomembrana, para produção de 600 kg/ano de tambaqui em quatro safras.
Os efluentes serão armazenados em um reservatório para irrigação das culturas agrícolas em uma área de aproximadamente 0,7 hectare. Ao final do projeto, haverá uma avaliação socioeconômica e de impactos visando a quantificar os benefícios do modelo proposto. As ações estão alinhadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8, que se refere ao trabalho decente e ao crescimento econômico.Situação: em execução Data de Início: Fri Jul 01 00:00:00 GMT-03:00 2022 Data de Finalização: Mon Jun 30 00:00:00 GMT-03:00 2025
Unidade Lider: Embrapa Pesca e Aquicultura
Líder de projeto: Marcela Mataveli
Contato: marcela.mataveli@embrapa.br