Este projeto buscou solucionar um importante obstáculo na restauração ecológica da Mata Atlântica: a baixa abundância e riqueza de epífitas vasculares – grupo de plantas de diversas famílias que se fixam em árvores, lianas e arbustos e que criam importante variedade de nichos, estabelecendo relações ecológicas com diversos outros grupos na floresta. Além disso, elas são importantes na relação com o mico-leão-dourado, animal ameaçado de extinsão.
Na Mata Atlântica, estima-se que 80% das espécies de epífitas sejam endêmicas. Entretanto, por serem sensíveis, têm dificuldade de reestabelecer passivamente sua abundância, e sua reintrodução em projetos de restauração não tem sido uma prioridade.
Desta forma, a intenção deste projeto foi implementar e monitorar, em parceria com a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) o enriquecimento ambiental desse bioma com epífitas nativas, em cerca de 150 hectares de florestas em processo de restauração, em maciço florestal adjacente à Região do Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense, na bacia do rio São João, beneficiando as florestas e especialmente o mico-leão-dourado.